Em depoimento, ex-procurador relatou omissão de mensagens em autos de investigação

Lenha… Depoimento do ex-procurador Marcello Miller no inquérito sobre a delação da JBS pode reforçar a tese de que investigadores omitem do Judiciário dados que podem contrariar os interesses da Procuradoria.

…na fogueira Miller falou ao Supremo em 2018 e rebateu a versão de que o MPF reagiu mal à notícia de que ele atuaria nas negociações do acordo de leniência da JBS. Para corroborar sua narrativa, leu mensagens que trocou com um auxiliar de Rodrigo Janot na véspera de reunião na PGR.

Te conheço… Antes de iniciar a leitura, Miller contou que pediu para um cunhado fotografar a conversa no seu telefone e que lavrou esses registros em ata notarial. Ele fez questão de explicar a precaução.

…e não é de hoje “Como eu tinha algum tempinho de estrada, pensei o seguinte: ‘Com o Janot na TV, para eu receber uma busca e apreensão, não custa. E, com o que está em jogo, para isso [as mensagens] não aparecer num laudo, não custa’”, disse Miller.

Dito e feito Em seguida, o ex-procurador lembrou que, de fato, foi alvo de busca e apreensão, que seu telefone foi analisado e que, nessa análise, o diálogo que colocava em xeque a versão da PGR não foi citado. “Essas mensagens não estão nos autos?”, perguntaram. “Não”, respondeu. Miller atuou no MPF por 13 anos.

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