Governadores do NE querem retomar contrato com organização do Mais Médicos

República nordestina Concluídas as etapas formais para a criação do Consórcio do Nordeste, figura jurídica que une os governos da região, começaram os debates sobre os primeiros planos de ação. Uma das frentes em estudo é firmar contrato com a Opas, a organização pan-americana responsável pela exportação de profissionais de saúde, para reinstalar atendimento similar ao do programa Mais Médicos. Segundo Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, já foi feita consulta à entidade.

Com sotaque A ideia é retomar um contrato regional com a organização. A Opas rescindiu o acordo com o Brasil e anunciou a retirada de médicos do programa, a maioria cubanos, logo após a vitória de Jair Bolsonaro.

Contrata-se A incapacidade do governo federal de repor as vagas antes ocupadas por cubanos deixou 28 milhões sem atendimento, estimou o New York Times. O Ceará é o segundo estado com o maior número em postos ociosos.

Não curti Desceu quadrada a declaração de João Doria (PSDB), atribuindo aos governadores do Nordeste a exclusão dos estados da reforma da Previdência. Wellington Dias (PT), do Piauí, diz que Doria prega o “divisionismo”.

Na fila A chamada “bancada da bala” também não está satisfeita com o relatório da Previdência, apresentado na última quinta (13). Policiais militares teriam que cumprir mais tempo na ativa e os federais se queixam do valor das pensões a familiares.

Na fila 2 O PL, puxado por Capitão Augusto (SP), discute nesta segunda (17) propor mudanças ao texto na comissão especial. Parlamentares do PSL, partido do presidente, ecoam a crítica e argumentam que a desidratação seria pequena (inferior a R$ 4 bi em 10 anos) para “uma categoria [PF] que fez tanto pelo Brasil”.

Olhe para os lados Correndo por fora da lista tríplice para a PGR, o subprocurador-geral Augusto Aras começou a se mover para tentar diminuir a predileção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por Raquel Dodge. Ele encontrou aliados do democrata na semana passada para apresentar suas credenciais.

Prata da casa Ex-procurador-geral da Justiça Militar, Marcelo Weitzel também começou a ser considerado para a PGR. Ele é do Rio de Janeiro e teria chamado atenção de de uma ala do bolsonarismo.

Fogo alto Parlamentares ficaram com a impressão de que o arroubo de Jair Bolsonaro contra Joaquim Levy, agora ex-presidente do BNDES, foi parte de um jogo combinado com o ministro Paulo Guedes (Economia).

À milanesa A insatisfação com Levy já era notada nos bastidores, mas a forma como a demissão ocorreu foi interpretada como uma aproximação de Guedes ao campo mais radical e ideológico que cerca o presidente, o que afasta os moderados do Congresso.

Verão passado Observadores especulavam no domingo (16) que, embora citado na bolsa de apostas, Salim Mattar teria dificuldades legais em assumir o BNDES, uma vez que atuou ativamente na campanha de Jair Bolsonaro.

Verão passado 2 A Lei das Estatais veda a nomeação de quem tenha trabalhado na “organização, estruturação e realização” de campanha eleitoral nos últimos 36 meses.

Você primeiro Nove estados manifestaram interesse em aderir às regras do novo marco do setor de gás, que deve ser lançado em uma semana. Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo estão no pelotão de frente. São Paulo só começou a se mexer nos últimos dias.

Na minha mão… O governo tem a expectativa de reduzir à metade o preço do gás. Aos estados caberá a criação do consumidor livre, que como o próprio nome diz, será liberado para escolher seu fornecedor. Hoje, este mercado é monopólio das distribuidoras estaduais.

… sai mais caro Para funcionar, os estados terão que aproveitar a renegociação de contratos com as distribuidoras. A CEG do Rio, por exemplo, quer renovar sua concessão por mais 20 anos. A ideia é evitar mudanças na legislação, esquivando-se do Congresso dada a dificuldade de articulação política do governo.


TIROTEIO

Queria ver a metade dessa valentia para defender a soberania nacional, que é o verdadeiro papel das Forças Armadas

Do deputado estadual Emidio de Souza (PT), sobre o general Heleno, chefe do GSI,ter batido na mesa ao criticar o ex-presidente Lula (PT)