Taxar bancos é ‘oportunismo tributário’, afirma Marcos Lisboa

Sniper Ex-secretário de política econômica, o presidente do Insper, Marcos Lisboa, endossa críticas feitas por Paulo Guedes (Economia) ao relatório da reforma da Previdência, apresentado na quinta (13) por Samuel Moreira (PSDB-SP).

Sniper 2 Para ele, o texto peca ao aliviar a transição para servidores e ao excluir os estados. Teria havido ainda o que Lisboa chama de “oportunismo” no aumento do tributo cobrado dos bancos. Aos olhos de investidores, avalia, ficaria a impressão de que as regras mudam de acordo com a conveniência política.

Bonde da história Tal como está no relatório, alerta Lisboa, a reforma atrasaria a entrada da agenda para retomar o crescimento econômico, pois a incerteza fiscal não sairia do horizonte de longo prazo. Mas dado o nível de hostilidade do governo com Congresso, ele pondera, o que saiu já é “um milagre”.

Retardatário Parlamentares que acompanharam as negociações em torno do relatório da reforma da Previdência tiveram a mesma percepção: a equipe política do governo, liderada por Onyx Lorenzoni (Casa Civil), não deu as caras. O time de Guedes —Rogério Marinho à frente— jogou só.

Cisca para dentro Recorte de pesquisa feita pela XP Investimentos mostra os eleitores de Jair Bolsonaro apoiam em peso a reforma. Entre os que disseram ter ajudado a eleger o presidente, 78% são totalmente ou parcialmente favoráveis ao projeto. Já entre os que votaram em Fernando Haddad (PT), o apoio é de 29%.

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