Deputado do PRB deve relatar proposta que altera a carreira e a aposentadoria dos militares
Próxima batalha Deputados e dirigentes do PRB estão confiantes de que a relatoria do projeto que reestrutura a carreira e muda as regras de aposentadoria dos militares será entregue a um membro do partido. Dizem que, se Rodrigo Maia (DEM-RJ) cumprir o combinado, a missão caberá a Vinicius Carvalho (PRB-SP). A indicação do paulista teve o aval da cúpula das Forças Armadas. A proposta, vista como contrapartida à reforma da Previdência dos civis, será alvo de intenso debate.
Nos mínimos detalhes Os militares prepararam uma cartilha para explicar aos públicos interno e externo as mudanças que foram propostas ao Congresso. Entre as alterações estão o aumento do tempo de contribuição de 30 para 35 anos e a taxação das pensões, hoje isentas de taxa. Para os fardados, não há previsão de idade mínima.
Discurso oficial A cartilha diz que os militares “estão ao lado da sociedade brasileira” e que sua carreira “tem inúmeras peculiaridades e não contempla os mesmos direitos trabalhistas dos civis”. Assim que o projeto chegou, deputados avaliaram que as alterações previstas para as Forças são mais brandas do que as propostas aos demais.
Pula para dentro Cresce o número de parlamentares que quer incluir agentes de segurança, como policiais civis e federais, nas regras propostas para os militares. Além do Capitão Augusto, presidente da bancada da bala, que tem 307 membros, o deputado Nicoletti (PSL-RR) prepara emenda nesse sentido.
Pula para dentro 2 O governo estipulou idade mínima de 55 anos para a aposentadoria de integrantes da PF e de outras corporações.
Quero mais O Capitão Augusto, que é policial militar, também prega reduzir o tempo de contribuição de sua categoria e dos bombeiros de 35 anos para 30.
Estamos juntos O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse a aliados que vai atuar para estender as regras previstas na reforma da Previdência para o funcionalismo federal ao dos estados e municípios. Na Câmara, há pressão para desvincular as mudanças, obrigando governadores a aprovarem seus próprios projetos.
Tudo de novo Dirigentes do PSB e do PDT avaliam que na entrevista à Folha e ao El Pais, o ex-presidente Lula falhou na mensagem de união da esquerda. Para essas siglas, ele manteve o discurso de hegemonia do PT e provou que a falta de autocrítica no partido vem de cima para baixo.
Tudo de novo 2 Na entrevista, semana passada, Lula disse que não se pode exigir que uma legenda com os índices de votação do PT comece a negociar alianças “abrindo mão de sua candidatura”. Essa tese, avaliam integrantes da cúpula do PSB e do PDT, será “sempre um grande empecilho para a união das esquerdas”.
O fio que resta Dirigentes do PC do B discordam e acham que Lula mostrou resistência e força. Tanto líderes desta como de outras siglas viram em trechos da fala do petista acenos ao STF –próximo estágio dos recursos contra sua condenação no caso do tríplex.
Voz do povo Apesar das tentativas de minimizar os termos, as críticas feitas por Rodrigo Maia aos filhos de Bolsonaro em entrevista ao Buzzfeed foram celebradas por integrantes do Planalto e do PSL que viram na fala do comandante da Câmara um recado necessário ao presidente.
Fingi que nada vi Ao Buzzfeed, o democrata disse que Carlos pode “ser doido à vontade”, mas que age sob a coordenação do pai. Já Eduardo, que é deputado, estaria deslumbrado. Maia disse que as falas foram tiradas de contexto, mas o site manteve o teor da entrevista. Bolsonaro declarou que se tratava de “fake news”.
Panos quentes O ministro Paulo Guedes (Economia) pediu desculpas a deputados do PSL por ter elogiado o Partido Novo em entrevista à GloboNews. A fala gerou incômodo na sigla de Jair Bolsonaro.
TIROTEIO
Ao se recusar a lidar com diferenças, Bolsonaro impõe de modo sofisticado a ditadura do sim, senhor. ‘Só falo, não ouço’
De Carlos Lupi, presidente do PDT, sobre Jair Bolsonaro dizer que seus ministros devem concordar com ele ou “ficar em silêncio”