Casa Civil recusa pela segunda vez nome de número dois do MEC

A Casa Civil rejeitou nesta sexta (15) o nome de Iolene Lima, indicado pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez, para ocupar a Secretaria-Executiva da pasta. Esta é a segunda escolha de Vélez barrada pelo Planalto, informa Julia Chaib.

A informação foi confirmada por integrantes do MEC e aliados de Olavo de Carvalho no governo. O ministro deverá falar novamente com Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e com o presidente Jair Bolsonaro durante o final de semana. O recado dado a Vélez nesta sexta, porém, é o de que Iolene não será nomeada.

Vélez anunciou que Lima seria sua secretária-executiva na quinta (14), mas o nome dela enfrentou resistência de aliados de Olavo de Carvalho. O grupo ligado ao escritor viu na indicação a influência do coronel Roquetti, que era diretor no MEC, e de Luiz Antonio Tozi, que era secretário-executivo da pasta. Ambos foram demitidos por Vélez ao longo da semana a pedido do guru ideológico de ala do bolsonarismo.

A primeira opção para substituir Tozi como número 2 do MEC foi Rubens Barreto, que chegou a ser anunciado no cargo na terça (12). No dia seguinte, a nomeação de Barreto foi cancelada por causa de pressões contrárias a ele.

Iolene Lima, que é evangélica e já trabalhava na Secretaria de Educação Básica da pasta, foi escolhida internamente como secretária-executiva como opção para tentar pacificar as relações com Olavo de Carvalho e atender a base evangélica do presidente. Mas, além de não ter agradado à ala ligada ao escritor, Iolene também não contemplou a bancada evangélica, que negou ter sido a responsável por sua nomeação.

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