Segundo aliados, Lula ‘desabou’ com a morte do neto, o mais duro golpe desde a prisão
Ali onde eu chorei Lula desabou, nas palavras de aliados, quando recebeu a notícia da morte de Arthur, seu neto, nesta sexta (1º). Ainda na carceragem da PF, o petista, que era muito ligado ao menino, chorou aos soluços ao ouvir o relato da boca do chefe da custódia. Com a foto de Arthur que mantém na cela nas mãos, o ex-presidente repetia que a morte da criança contrariava a lógica da vida. Aliados demonstraram profunda preocupação. Este, avaliam, é o golpe mais duro já sofrido por ele desde a prisão.
Meu guri Em caráter excepcional, a direção da carceragem da PF permitiu a entrada de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, na cela. Lula também foi autorizado a falar com os advogados. Arthur chegou a morar com o petista por um período e foi visitar o avô na cadeia por duas vezes.
À flor da pele O próprio Lula pediu que o PT desestimulasse atos políticos no velório do neto. Desta vez, houve extremo cuidado da defesa no encaminhamento do caso. Pela reação do ex-presidente à notícia, ninguém queria dar munição para que a solicitação de saída temporária fosse rejeitada.
Passou da conta Com quem falava, Lula repetia que, ao receber a visita inusitada do chefe da custódia, imaginou que algo teria acontecido a algum familiar, mas disse que jamais poderia projetar a morte do neto de sete anos.
Para ontem Integrantes do STJ acreditam que, pelo ritmo do processo, o recurso de Lula contra sua condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP) será julgado até junho.
Contando as horas Onyx Lorenzoni (Casa Civil) deve começar a receber coordenadores das bancadas estaduais do Congresso no dia 12. Assunto: a indicação de nomes para o banco que será usado pelo governo para preencher cargos comissionados.
Sirvam-se Com base em dados enviados pelos ministérios, o governo estima ter cerca de mil postos para negociar.
Por escrito O Ministério da Economia estuda enviar um projeto de lei ao Congresso para garantir a distribuição de emendas a parlamentares novatos. A liberação de verbas faz parte do pacote de bondades montado para atrair aliados na Câmara e no Senado.
Finge que não viu Jair Bolsonaro admitiu a auxiliares que sua fala sobre a possível redução da idade mínima de mulheres na reforma da Previdência foi um equívoco. A ordem na equipe econômica é seguir defendendo arduamente a proposta tal como ela foi enviada ao Congresso.
Gás hilariante Defensor das mudanças na aposentadoria, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, recebeu mensagens com gozações após o escorregão do presidente. “Nós que lutamos por uma reforma mais amena podemos dizer que temos um aliado de peso: o amigo Jair Messias Bolsonaro”, provocou Paulinho da Força (SD-SP).
Marca registrada O encontro com jornalistas no qual Bolsonaro falou sobre a Previdência, na quinta (28), foi precedido de uma série de equívocos. O Planalto chamou como representante de uma emissora de TV um jornalista homônimo que, na verdade, trabalha em uma rádio –no fim, nenhum dos dois compareceu.
Dos males o menor Nas explicações que enviou ao Ministério Público, Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), confessa um crime, mas de menor monta. O relato não o livra de acusação, por exemplo, de peculato. Mas foge do roteiro que poderia caracterizar corrupção. Mais importante: isenta o ex-chefe de responsabilidade.
#Gratidão A ex-senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) vai trabalhar no gabinete da deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC). Quando estava no mandato, Vanessa contratou a colega de partido.
Visita à Folha Fabio Schvartsman, diretor-presidente da Vale, visitou a Folha nesta sexta (1º). Estava acompanhado de Júlio Gama, diretor de comunicação.
TIROTEIO
Queiroz diz que atuou para ‘expandir a atuação’ de Flávio. Sabemos da relação com as milícias. Isso precisa ser explicado
Do deputado Chico D’Angelo (PDT-RJ), sobre a versão do ex-auxiliar do filho de Bolsonaro para a coleta de salários de assessores da Alerj