Aliados de Doria agem para derrubar dirigentes do PSDB que atuaram contra o tucano na campanha
Aliados do governador João Doria agiram para afastar das estruturas de comando do PSDB quem não apoiou o tucano na campanha. A executiva do partido em São Paulo fez uma autoconvocação nesta terça (19) e decidiu impedir a realização de convenções que elegeriam o comando do partido em 33 municípios no próximo domingo (24), informa Julia Chaib.
A intervenção ocorreu em todas as cidades em que a cúpula partidária local é ligada a quem atuou contra Doria na disputa pelo governo de São Paulo.
Santos é a principal cidade entre as que foram alvo da proibição do diretório estadual do PSDB. O objetivo do grupo de Doria é barrar a permanência de aliados do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, aliado de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), na cúpula da legenda. Barbosa trabalhou abertamente pela candidatura Márcio França (PSB-SP), que foi ao segundo turno contra Doria.
Aliados do governador tucano querem emplacar uma comissão provisória ligada a João Paulo Papa, que será candidato à prefeitura no ano que vem. Barbosa foi expulso do partido e recorreu. O PSDB analisa o caso nesta quarta (20).
O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, não participou da reunião e publicou uma mensagem no grupo de WhatsApp do diretório de São Paulo na qual diz que a convocação da reunião para suspender as convenções configura “uma censura prévia e seletiva e atenta contra a democracia partidária”.
“Diretórios devem ser conquistados no voto e, caso haja qualquer irregularidade no processo ou não haja a representatividade necessária, o Diretório Estadual tomará as medidas adequadas à posteriori”, escreveu Tobias.
O grupo ligado a Tobias e a Geraldo Alckmin, aliado do prefeito de Santos, acredita que Barbosa vai judicializar a questão.
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