Deputado que deixou filho em imóvel funcional diz que é alvo de injustiça e que está no prazo para concluir mudança
O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) diz que está sendo injustiçado. Ele se envolveu uma polêmica com a deputada eleita Tabata do Amaral (PDT-SP). Como mostrou o Painel nesta quinta (31), a pedetista contou que foi ao apartamento funcional designado pela Câmara para ela e, chegando lá, se deparou com o filho do colega, que se recusou a desocupar o local.
“Esse apartamento ele ainda está ocupado por mim porque estou em mudança e eu tenho um prazo para entregar, ainda não terminei minha mudança”, diz Rocha. Ele afirma que não usou todo o tempo concedido pelo regimento para concluir a transição do apartamento funcional que ocupava –e no qual está seu filho– para o novo imóvel que recebeu da Casa.
“Eu não estou usando irregularmente dois apartamentos, como dizem por aí”, explicou. Segundo ele, Tabata não deveria ter recebido o termo de ocupação do imóvel antes de a sua mudança ser concluída. Rocha diz ainda que vai pedir que a Câmara apure o episódio.
“O que me espanta é como ela conseguiu as chaves desse apartamento. Ela está usando o cargo para ter um privilégio. Todo mundo sabe que há uma lista de prioridades para imóveis funcionais e ela não se encaixa nos critérios”, provocou o emedebista.
Segundo ele, como não há apartamentos para todos os deputados, parlamentares portadores de necessidades especiais, idosos e, depois, deputados com filhos têm preferencia na designação dos imóveis.
Hildo foi até a Quarta Secretaria da Câmara tirar satisfações do episódio. Ele diz que o termo de ocupação jamais deveria ter sido emitido.
A área, que é responsável pela distribuição dos imóveis, informou que a deputada recebeu, sim, o termo de posse, mas que ainda não havia sido autorizada a ir até o local.
Tabata, por sua vez, emitiu nota na qual afirma que foi orientada a “fazer um requerimento de representação por quebra de decoro. “Como a própria Câmara designou um funcionário para me acompanhar no ato de entrada? Burocracia? Descortesia ou abuso?”, indagou.
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