Senadores tentam impulsionar nome de Tebet para forçar derrota de Renan no MDB

Incentivo extra Parlamentares que trabalham para derrotar Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pelo comando do Senado aproveitaram a entrada oficial de Simone Tebet (MDB-MS) no páreo para dar tração a estratégia que pode ampliar a divisão no MDB. Eles aventam a possibilidade de, caso Tebet vença a disputa interna no partido, convencer os demais pré-candidatos a abdicarem do pleito em favor dela. Dos seis nomes que estão colocados, o que mais resistiria ao gesto é Davi Alcolumbre (DEM-AP).

De dentro para fora Nome do PSL na disputa pelo comando do Senado, Major Olímpio (SP) já havia defendido um acerto deste tipo em entrevista à revista Época. A confirmação de que Tebet vai mesmo travar uma batalha interna pela indicação do MDB só ampliou a articulação, que agora envolve outros partidos.

Prioridades O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) estava se movimentando em busca de um nome de consenso para se contrapor a Renan, mas se recolheu depois que seu recurso ao STF contra a investigação sobre as movimentações financeiras de seu ex-motorista Fabrício Queiroz veio à tona.

Senta lá, Cláudia Aliados de Tebet têm propagado uma conta otimista. Dizem que ela tem hoje apoio de 7 dos 12 senadores que compõem a bancada do MDB. Partidários de Renan rebatem. Se fosse isso, explicam, era só ela fazer circular um abaixo-assinado e a coisa estava liquidada.

Devagar com o andor Políticos de longa trajetória reagiram com ceticismo ao potencial que a corroboração da versão de Flávio Bolsonaro para os depósitos em dinheiro vivo terá de aliviar a vida dele. Uns citaram a “Operação Uruguai”, que tentou oferecer um caminho para Fernando Collor rebater as acusações que acabaram lhe custando o mandato.

Que não quer calar A revelação no jornal O Globo de que Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio, movimentou R$ 7 milhões em três anos causou desconforto em aliados de Jair Bolsonaro. Com um volume tão grande de recursos passando por sua conta, indagaram, por que Queiroz pediu R$ 40 mil emprestado ao presidente?

Anote O deputado Gil Diniz deverá ser líder do PSL na Alesp.

Vai ou fica? O presidente do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), se reúne nesta terça (22) com Arthur Lira (PP-AL), o deputado de seu partido que lidera a tentativa de formar um bloco de oposição à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara. Quer saber se a articulação tem chances reais de vingar.

Forcinha O PSB discute divulgar nesta terça nota na qual sacramenta que 1) não apoiará Maia e 2) está disposto a ajudar a construir um bloco de centro-esquerda. A sigla tentar fazer com que PT e PSOL se alinhem a Lira. O PSOL resiste pesadamente à ideia.

Lá ou cá Os três partidos de esquerda se reúnem nesta terça (22) para tentar chegar a um consenso.

Pingos nos is O PT vai promover, em fevereiro, uma oficina só para debater a reforma da Previdência. O evento contará com especialistas da esquerda, nomes da direção do partido, do Instituto Lula e da Fundação Perseu Abramo. A ideia é começar a esboçar uma proposta da oposição para se contrapor à de Bolsonaro.

A parte que me cabe Não foi sem motivo que o general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, acenou com a ampliação do tempo de serviço dos militares para a aposentadoria. Integrantes das Forças Armadas já avisaram a equipe econômica que estão dispostos a contribuir e acatar novas regras.

Está escrito A proposta entregue pela equipe econômica a Bolsonaro prevê um novo regime para os militares.

Dia de glória ex-presidente Michel Temer relatou efusivo a amigos ter sido aplaudido ao sair de um de seus restaurantes favoritos em SP, o Parigi. O emedebista contou que, não só foi elogiado, como também foi alvo de pedidos de selfie.


TIROTEIO

Na cadeira de presidente, Hamilton Mourão terá dois desafios: esquecer que é general e não esquecer que é apenas o vice

Do cientista político Carlos Melo, do Insper, sobre o retorno de um general à Presidência da República desde o fim da ditadura, em 1985