Entidades e especialistas preparam campanha contra decreto pró-armas de Bolsonaro

Sem rendição Entidades da sociedade civil e especialistas em segurança pública preparam reações às medidas prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro para flexibilizar o acesso a armas no país. O Sou da Paz fará campanha nacional para reforçar o discurso de que o combate à violência e ao crime se dá por meio de investimento em segurança, e não armando a população. “Se ele fizer, será um retrocesso e deve acelerar as mortes violentas com armas de fogo”, diz Ivan Marques, diretor-executivo do instituto.

Trincheiras A ideia dos grupos contrários à política armamentista de Bolsonaro é reunir diversos setores, inclusive as igrejas, para chamar a atenção da população sobre as possíveis consequências das propostas do presidente.

Entre quatro paredes A campanha do Sou da Paz vai afirmar, por exemplo, que a política de Bolsonaro pode ser fatal nos casos de violência doméstica.

Geral e irrestrito Se a linha de corte para a liberação da posse de armas nos estados for a citada pelo presidente na entrevista que concedeu ao SBT, na quinta (3), a flexibilização das regras vai valer para quase todas as unidades da federação. As exceções seriam Santa Catarina e São Paulo.

Geral e irrestrito 2 À emissora, Bolsonaro disse que a posse de armas poderia ser requisitada em estados que tivessem mais de dez homicídios por armas de fogo para cada 100 mil habitantes.

Minha bênção A pulseira que o presidente usou em sua cerimônia de posse foi um presente do apóstolo César Augusto, da Igreja Fonte da Vida. O adereço tinha o trecho de um versículo bíblico: “Protegido pelo sangue. Apocalipse 12:11”.

Minha bênção 2 Bolsonaro recebeu a pulseira de presente durante sua internação no Albert Einstein, no ano passado, quando se recuperava da facada que levou durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

Também quero Depois de o PSOL decidir se antecipar às outras siglas de esquerda lançando Marcelo Freixo (RJ) à presidência da Câmara, o Novo estuda apresentar um nome de suas fileiras para o posto. Os oito deputados eleitos pelo partido vão discutir o assunto na semana que vem.

Água morro acima O ex-presidente Lula disse estar preocupado com os rumos da oposição durante a gestão de Jair Bolsonaro. Ele falou sobre o assunto na conversa que teve com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e com a ex-presidente Dilma Rousseff, quinta-feira (3), na carceragem da PF.

Sinal fechado para nós Segundo relatos, o petista fez a avaliação de que, diferentemente de todos os outros desde a redemocratização, Bolsonaro não foi eleito para governar, mas sim para destruir adversários políticos, em especial o PT e seu legado.

Vai tu mesmo Às duas aliadas, Lula também disse acreditar que Bolsonaro vai endurecer o discurso de combate à corrupção na política e de criminalização da esquerda para “preencher o vazio” de sua gestão, caso não consiga avançar na pauta econômica nos primeiros meses.

Usa-me Relator do último projeto de reforma tributária a passar por uma comissão na Câmara, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) pediu uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente Jair Bolsonaro. Quer tentar convencê-los a aproveitar sua proposta.

Em marcha O ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) autorizou aliados a trabalharem pela candidatura de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à presidência do Senado. O democrata ganhou o reforço de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Izalci Lucas (PSDB-DF) na articulação.

Vida real Alcolumbre, porém, está sendo desestimulado por integrantes do próprio partido. Em conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada, ouviu que deveria saber que nenhum partido aceitará que o DEM comande as duas Casas legislativas.


TIROTEIO

Acho que ministro Onyx Lorenzoni precisa ser lembrado de que o PT foi tirado do governo há praticamente três anos…

Do ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, sobre a decisão da Casa Civil de fazer demissões em massa para ‘despetizar’ a pasta