Sob ameaça de greve, Bruno Covas indica que ‘nem morto’ revoga nova Previdência de SP

Sobre o leite derramado O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), sinalizou que não pretende ceder à pressão da ala do funcionalismo paulistano que, insatisfeita com a aprovação da reforma da Previdência municipal, trabalha para deflagrar uma grande greve em fevereiro de 2019. Sindicalistas vão usar o mês de janeiro para atrair servidores da saúde e do sistema funerário à paralisação hoje planejada por professores. A interlocutores, Covas disse que “nem morto” revogará o novo regime, já sancionado por ele.

Registre-se A aprovação das novas regras para aposentadoria foi considerada por aliados de Covas como uma grande vitória política, apesar dos intensos conflitos durante a votação na Câmara Municipal. Esse grupo lembra que, quando prefeito, João Doria (PSDB), que havia acabado de vencer a eleição, não conseguiu levar o projeto adiante.

Sem fronteiras Num balanço sobre o secretariado montado por Doria, aliados e adversários do futuro governador de SP avaliam que a importação de ministros do governo Temer de fora do estado evidencia a intenção do ex-prefeito de nacionalizar resultados de sua gestão.

Morrer na praia A ala do PSL que tenta construir uma aliança que garanta espaços ao partido na Mesa Diretora da Câmara trabalha, agora, para montar um bloco de oposição a Rodrigo Maia (DEM-RJ). O democrata vai disputar a reeleição à presidência da Casa.

Morrer na praia 2 Integrantes do PSL ligados a Luciano Bivar (PSL-PE) falaram sobre o assunto com dirigentes do PP, PSD e MDB. Sondaram, por exemplo, sobre a possibilidade de as siglas se unirem em torno do nome de Fábio Ramalho (MDB-MG) para o comando da Casa.

Morrer na praia 3 A operação, porém, é vista com muito ceticismo. A desunião do PSL se tornou um forte impeditivo para o avanço de qualquer articulação, avalia um cacique de uma das siglas assediadas.

Sonho meu No Senado, parlamentares eleitos pelo PSL querem construir uma supercandidatura de oposição a Renan Calheiros (MDB-AL) e tentam convencer os quatro senadores que querem entrar na briga com o emedebista a se unirem em torno de apenas um nome.

Quem avisa… Sergio Moro, que vai assumir o superministério da Justiça da gestão de Jair Bolsonaro, deu conselhos aos futuros colegas de governo durante reunião dos integrantes da próxima gestão, nesta quinta (27), em Brasília.

… amigo é Moro fez uma série de alertas sobre corrupção. Detalhou como a Lava Jato descobriu o superfaturamento de contratos na Petrobras e recomendou atenção máxima não só às pontas, mas às entranhas de cada um dos órgãos.

Em boa hora Integrantes da oposição a Bolsonaro que são familiarizados com o mundo jurídico lembram que, assim que tomar posse, o presidente eleito não poderá ser investigado por fatos anteriores ao início de seu mandato no Palácio do Planalto.

Em boa hora 2 O mesmo valerá para Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que assumirá uma cadeira no Senado. Não haveria risco de quebra de decoro por ato cometido antes de ele ingressar na Casa. Por isso, dizem os adversários do clã Bolsonaro, o adiamento das explicações de Fabrício Queiroz ao Ministério Público para o fim de janeiro é providencial.

Garrote branco A decisão da Corregedoria do CNJ de recomendar que todos os tribunais estaduais do país submetam a aval prévio do conselho projetos que possam ampliar o quadro de pessoal foi vista como forma de frear a expansão de gastos. A norma foi publicada na quarta (26).

Mudar a rota O deputado Leonardo Quintão (MDB-MG) será secretário de Assuntos Parlamentares da Casa Civil. Ele havia sido designado para a Secretaria Especial de Relações com o Senado, mas teve que abrir mão do espaço para um senador após pressão de parlamentares.


TIROTEIO

A intervenção no Rio de Janeiro termina como o governo Michel Temer: sem planejamento e sem razão de ser

Do deputado federal eleito Marcelo Freixo (PSOL-RJ), sobre o fim da ação federal que pôs a segurança do Estado nas mãos do Exército