PSL se divide e faz acenos a Maia e rival na disputa pela Câmara
Um para cada lado Integrantes do partido de Jair Bolsonaro (PSL) estão se movimentando em direções opostas na tentativa de assegurar posições influentes na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro, quando os eleitos neste ano assumirão seus mandatos e a direção da Casa será renovada. Uma ala do partido buscou aproximação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deseja a reeleição. Outra tenta viabilizar a candidatura de João Campos (PRB-GO) como alternativa a Maia.
Copa e cozinha Liderado pelo presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), o grupo que procurou Maia indicou nesta semana que gostaria de garantir uma das vice-presidências da Casa e o comando da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara.
Segunda via A outra ala, que inclui um dos filhos do presidente eleito, Eduardo Bolsonaro (SP), tenta articular um bloco de oposição a Maia, atraindo integrantes de outras siglas para fortalecer a candidatura de Campos. Dirigentes do PSL, do PRB e do Podemos se reuniram no início da semana para avaliar suas chances.
Não conte comigo Campos pediu ao filho de Bolsonaro que convença o pai a se envolver diretamente com a disputa na Câmara, da qual Bolsonaro tem procurado manter distância. Representantes do PRB ouviram do futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que o bloco poderá ter simpatia do novo governo, mas não mais do que isso.
Melhor esperar Dirigentes do DEM afirmam que Maia ainda não assumiu nenhum compromisso com o PSL, que acham muito confuso. Integrantes da futura bancada do partido passaram a quinta batendo boca num grupo de mensagens no WhatsApp.
Bandeira branca Um dia depois de dizer que Onyx terá que deixar o governo Bolsonaro se ficar comprovado que recebeu doações ilegais no passado, o vice-presidente eleito Hamilton Mourão conversou a sós com o futuro chefe da Casa Civil nesta quinta-feira (6).
Braço direito O novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), disse a secretários estaduais que seu secretário-executivo na pasta será o gaúcho João Gabbardo, que administrou a área no governo José Sartori (MDB).
Eles são contra Integrantes da equipe econômica e da assessoria jurídica do governo sugerem que o presidente Michel Temer (MDB) vete o projeto de lei que livra de punição municípios que desrespeitarem o limite para gastos com pessoal, aprovado pela Câmara nesta quarta (5). Temer deve anunciar sua decisão na próxima semana.
Vidas passadas Escolhido por Paulo Guedes para cuidar de comércio e assuntos internacionais no novo Ministério da Economia, Marcos Troyjo já teve bons amigos na esquerda. Em 2002, quando o PT se preparava para assumir o poder, ele foi o cicerone de José Dirceu em sua primeira visita a Washington.
Pé do ouvido Troyjo acompanhou o petista e foi seu intérprete nos encontros que teve com autoridades americanas. A viagem aos Estados Unidos abriu caminho para o encontro que Luiz Inácio Lula da Silva teve com o americano George W. Bush após sua eleição.
Visitas à Folha Marcelo Barbosa, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), visitou nesta quinta (6) a Folha, onde foi recebido em almoço a convite do jornal. Estava acompanhado de Ana Cristina Freire, assessora de comunicação, e Catarina Pereira, chefe de gabinete.
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS-ES), visitou a Folha. Estava com Jaldecy Pereira, assessor especial de comunicação, e Otávio Cabral, assessor de imprensa.
Guilherme Marques, diretor-geral de produção da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, e Antônio Araújo, diretor artístico, visitaram a Folha. Estavam acompanhados de Rafael Steinhauser, diretor de relações institucionais, e Marcia Marques, coordenadora de comunicação.
TIROTEIO
Veremos se a caneta que Bolsonaro ameaça usar contra ministros também valerá para o filho se tiver feito algo errado
Do deputado André Figueiredo (PDT-CE), sobre as suspeitas em torno da movimentação financeira de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro