Idas e vindas de Bolsonaro inflam lobby por Renan como ‘anteparo de crise’ no Congresso
O certo e o duvidoso As idas e vindas da equipe de Jair Bolsonaro (PSL) acabaram fortalecendo o lobby em torno da candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado. A articulação extrapolou as fileiras de seu partido e ganhou adesões de veteranos do PSD e do PSDB, por exemplo, além de nomes do Judiciário. O favoritismo cresce à medida que as oscilações do grupo bolsonarista ampliam a sensação de que a próxima gestão será instável. Renan agora é vendido como o “anteparo de crises”.
Poliglota A sucessão nos comandos da Câmara e do Senado entrou no radar de investidores estrangeiros que acompanham com cautela os sinais emitidos pelo presidente eleito no Brasil. Lá fora, explica um representante de uma corretora de valores, há a crença de que Bolsonaro aprova a nova Previdência em 2019.
Freios e contrapesos Decorre dessa expectativa a importância que vem sendo dada ao jogo que será jogado no Congresso. No topo da Câmara ou do Senado, um parlamentar hostil à agenda do novo governo pode dificultar os planos.
Devagar com o andor A indicação de quadros do DEM para o ministério de Bolsonaro começou a criar ruídos dentro do próprio partido. Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição para a presidência da Câmara, avisou à cúpula da legenda que os convites da nova gestão a deputados da sigla de fato atravancaram as conversas em torno de seu nome.
Chega para lá ACM Neto, presidente do DEM, foi provocado por aliados de Maia a divulgar uma nota formalizando que o partido não endossa as indicações. Recusou-se. Disse que o gesto sinalizaria “hostilidade desnecessária” e que não iria impor vetos ou restrições a filiados que queiram colaborar com Bolsonaro.
Sinais… Maia recebeu, na noite de segunda-feira (12), líderes de oito partidos em sua residência, entre eles MDB, PC do B, PP, PSD e Solidariedade. A pauta foi a formação de uma frente que se torne determinante para o desenrolar da próxima legislatura.
… fortes sinais Dirigentes de algumas das siglas que foram ao encontro saíram de lá dizendo que topam integrar a frente desde que a formação não esteja condicionada à reeleição do democrata.
Seu lugar Aliados de Fernando Haddad (PT) sugeriram a ele montar um instituto para atuar como líder da oposição ao governo Bolsonaro. Esse grupo vê no movimento uma forma de, passada a disputa eleitoral, preservar e potencializar o capital político do ex-prefeito de SP.
Dupla personalidade A entidade, que poderia se chamar Instituto da Democracia ou da Liberdade, seria um escudo para Haddad extrapolar as fileiras do PT, mesmo mantendo a sintonia com o partido.
Dia como outro qualquer Diferentemente do que ocorreu em depoimentos anteriores, a Justiça Federal em Curitiba informou aos auxiliares do ex-presidente Lula que o funcionamento do fórum nesta quarta (14) será normal, apesar do interrogatório do petista.
Fique onde está Agentes da Polícia Federal que atuam na superintendência em que o ex-presidente está preso defendiam que o depoimento ocorresse no prédio para evitar deslocamento.
Visita à Folha Samuel Brown, representante da Fundação Schwab, e Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi, da Editora Mol, ganhadores do Prêmio Empreendedor Social 2018 e da categoria Escolha do Leitor, visitaram a Folha nesta terça-feira (13), onde foram recebidos em almoço, a convite do jornal. Estavam acompanhados de Raphael Mayer e Mathieu Anduze, da Simbiose Social, ganhadores do Prêmio Empreendedor Social de Futuro; André Biselli, da Ecolivery Courrieros; Luke Dowdney, da Luta pela Paz; Júlia de Carvalho, da Fast Food da Política; e Germana Soares, da União de Mães de Anjos, todos finalistas do prêmio Empreendedor Social; e de Ralf Toenjes, ganhador do prêmio Empreendedor Social do Futuro de 2017.
TIROTEIO
Bolsonaro achou que liquidaria fácil a reforma da Previdência, mas já sente como é. Nem sequer pôs de pé uma proposta
Do deputado Carlos Zarattini (SP), líder do PT na Câmara, sobre os percalços já enfrentados pelo presidente eleito no Congresso