Bolsonaro acena a Maia para desfazer mal-estar na relação com Congresso
Bandeira branca O presidente eleito, Jair Bolsonaro, acenou para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assim que se tornou evidente a falta de empenho de sua equipe para estabelecer diálogo com os líderes do Congresso. No fim de semana, logo após o cancelamento de encontros que o capitão reformado tinha agendado com os presidentes da Câmara e do Senado, Bolsonaro enviou recado a Maia afirmando que desejava uma reunião com ele. Ficou acertado um café da manhã nesta quarta (14).
Eu sou o caminho Maia quer convencer Bolsonaro de que sua reeleição como presidente da Câmara no próximo ano é a melhor opção para o novo governo. Para aliados de Maia, sua maior dificuldade será vencer desconfianças dos filhos do presidente eleito.
A fila anda Bolsonaro disse a aliados que pretende anunciar até quarta o nome de mais três ministros. Segundo eles, a pasta de Relações Exteriores é uma das que deverão ser definidas nesta semana.
Medida preventiva Líderes de movimentos sociais estão estudando medidas judiciais para tentar conter o avanço do projeto que endurece a Lei Antiterrorismo no Congresso. A ideia é questionar a constitucionalidade da proposta.
Alvo certo Apontado como prioridade por Bolsonaro desde a campanha eleitoral, o projeto caracteriza como terrorismo atos com motivação política, ideológica ou social que ponham em risco a liberdade individual, o que incluiria ocupações de terra e imóveis.
Vai que cola Senadores se mobilizam para votar nesta terça (13) projeto que restringe os efeitos da Lei da Ficha Limpa, permitindo que políticos condenados antes que a norma entrasse em vigor, em 2010, disputem eleições.
Caso encerrado Juristas dizem que a medida é inconstitucional. A aplicação das sanções previstas na lei para casos mais antigos foi reiterada pelo Supremo Tribunal Federal várias vezes nos últimos anos.
Foi ele que disse Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltarão a questionar a imparcialidade de Sergio Moro em memoriais para os ministros do STF, apontando contatos que o juiz admite ter mantido com a equipe de Bolsonaro na campanha.
Agora vai Confirmado nesta segunda (12) para presidir o BNDES, Joaquim Levy traçou cenário otimista para a economia brasileira em evento em Washington no início do mês. Para ele, o novo governo conseguirá recuperar a confiança dos investidores rapidamente com reformas e privatizações.
Para onde ir Em sua exposição, Levy indicou o transporte nas grandes cidades, a exploração de petróleo e gás e os esforços para combater mudanças climáticas como áreas prioritárias para a retomada de investimentos.
É só procurar Ao prometer que o BNDES será mais transparente em seu governo, Bolsonaro disse querer saber o valor dos empréstimos para obras no exterior e suas garantias. As informações estão no site do banco desde 2015, assim como as taxas de juros.
Há vagas Quatro dos seis conselheiros do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) chegarão ao fim de seus mandatos em 2019, bem como o superintendente-geral e o procurador-chefe do órgão encarregado de zelar pela livre concorrência no mercado.
Com pressa Bolsonaro terá que correr para indicar substitutos e submetê-los ao Senado a tempo de evitar a paralisia do órgão. Sua equipe cogita transferir o Cade do Ministério da Justiça para o da Economia.
Visitas à Folha Ratinho Junior (PSD), governador eleito do Paraná, visitou a Folha nesta segunda (12). Estava acompanhado de Guto Silva (PSD), deputado estadual, e Hudson José, assessor.
José Miguel Vivanco, diretor da divisão das Américas da Human Rights Watch, visitou a Folha nesta segunda. Estava acompanhado de Maria Laura Canineu, diretora no Brasil, e César Muñoz, pesquisador.
TIROTEIO
Parece que ele será mais ponderado como ministro do que foi como juiz, quando primeiro prendia e depois investigava
Do advogado Alberto Toron, sobre Sergio Moro dizer que examinará a conduta de ministros acusados de corrupção no governo Bolsonaro
Ricardo Balthazar (interino), com Thaís Arbex e Julia Chaib