Renan ganha apoio dentro e fora do Congresso para presidir Senado, mas líderes ainda buscam nome de centro
Procura-se Líderes de partidos que se reuniram nos últimos dias para discutir a sucessão da cúpula do Congresso buscam uma forma de equacionar a disputa pelo comando do Senado numa gestão de Jair Bolsonaro (PSL). Renan Calheiros (MDB-AL) tem apoios dentro e fora da Casa, mas enfrenta forte resistência entre aliados do presidente eleito. A ideia que ganha corpo agora é a de encontrar um nome de centro, que não soe como uma provocação aos bolsonaristas –nem tampouco seja alinhado a eles.
Sem passo em falso Quem conhece Renan Calheiros diz que ele não entrará no páreo sem ter a certeza de que vai sair vencedor. Daí a dubiedade quando perguntado sobre eventual candidatura. Em entrevista à Veja, o senador disse que a única disputa para a qual se lança já é à reeleição para comandar o MDB alagoano.
Etéreo Presidente de partido que está entre as peças centrais nas articulações sobre a sucessão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) faz graça com a indefinição do cenário. “Me recuso a falar sobre o futuro presidente do Senado porque todo senador que pergunto me diz que não é candidato. Logo, esse assunto não existe”, diz.
Na fila Integrantes da equipe de Jair Bolsonaro apostam que o próximo nome a ser confirmado no ministério do próximo governo é o do general Oswaldo Ferreira. Ele é apontado como o titular ideal para a pasta que vai cuidar da área de infraestrutura.
Enviados A Frente Parlamentar da Agricultura acertou com a equipe de Bolsonaro que vai indicar ao menos dois técnicos para compor sua equipe de transição.
Em meditação Pessoas que acompanham de perto as conversas sobre a fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente dizem que o recuo de Bolsonaro a respeito da união das pastas não foi definitivo e que o assunto está em estudo. O presidente eleito analisa prós e contras.
Renderá Um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o advogado Miguel Reale Jr. critica a decisão de Sergio Moro de integrar o próximo governo. “Era uma figura não contaminada. Agora vai perder tempo para justificar que suas decisões não foram políticas, mas fica o tema solto. Desnecessariamente.”
Grita internacional A defesa de Lula prepara uma manifestação ao Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre o ingresso de Moro na gestão de Jair Bolsonaro.
Relembrar é viver Os advogados vão lembrar que, na peça inicial apresentada ao organismo internacional em 2016, sustentaram que Moro poderia projetar uma carreira na seara da política.
Relembrar é viver 2 Num dos tópicos da petição de 2016, a defesa de Lula disse que o juiz era apontado como possível candidato a presidente e que respondia de forma dúbia sobre o assunto.
Mudei de ideia Na verdade, Moro sempre negou intenção de ingressar na política.
Registro O ministro Celso de Mello, do STF, divulgou nota para negar com veemência que tenha feito comentários sobre as especulações de eventual indicação de Moro para a corte, como informou o Painel. As queixas foram relatadas por colegas dele à coluna.
Trio maravilha Segundo pessoas próximas a João Doria (PSDB), governador eleito de São Paulo, ele planeja fazer de Rodrigo Garcia (DEM), Gilberto Kassab (PSD) e Wilson Pedroso, que foi seu chefe de gabinete, seus principais auxiliares à frente do Palácio dos Bandeirantes a partir de 2019.
Trio maravilha 2 Pelo desenho atual, eles se dividiriam entre secretario Particular, de Governo e da Casa Civil.
Atestado A primeira reunião que o grupo de Doria terá com integrantes do Palácio dos Bandeirantes ocorrerá na segunda (5). Márcio França (PSB) está fora do ar desde o fim do segundo turno para tratar de uma pneumonia. Ele ainda não indicou o coordenador da transição.
TIROTEIO
Moro mostra patriotismo. Quem procura motivos escusos, assim procede por medir os outros pela própria régua
De Janaina Paschoal (PSL-SP), deputada estadual eleita, sobre os ataques do PT à escolha de Sergio Moro para o Ministério da Justiça