Cúpula das Forças Armadas teme escalada beligerante no país após o segundo turno

Em missão de paz Integrantes da cúpula das Forças Armadas demonstram preocupação com a possibilidade de o clima de beligerância no país se intensificar após a eleição. Comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e outros nomes de alta patente militar têm conversado sobre o receio de que grupos radicais, de ambos os lados, pratiquem atos de violência após o segundo turno. Os militares pregam que o próximo presidente faça da conciliação nacional prioridade após a votação no domingo (28).

Lei e ordem O TSE pediu para as Forças ampliarem a segurança de cerca de 350 locais de votação e apuração no domingo, número menor do que o solicitado no primeiro turno, quando foram ao menos 510.

Água na fervura No PT, há forte preocupação com ataques no dia da votação. A direção da sigla se reuniu com líderes de movimentos sociais para orientá-los a não intimidar opositores e a não cair em provocações.

Entrincheirados A cúpula do partido de Fernando Haddad (PT) também orientou militantes a não andarem sozinhos no dia da eleição.

Seu pessoal Com o receio de atos de violência, o partido vai fazer um chamado para que países “preocupados com a democracia” observem a votação no segundo turno. Se houver ataques a petistas, o discurso será o de que Bolsonaro deve ser visto como corresponsável pela violência.

Sem carapuça Questionado anteriormente a respeito de ataques atribuídos a seus apoiadores, Bolsonaro disse dispensar o voto de quem pratica violência.

Banho de água fria Os sinais emitidos pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que deixará o cargo com o fim do mandato de Michel Temer, preocuparam a equipe econômica de Bolsonaro. O nome dele era o único cogitado para a função.

Quebra-cabeça Entre os que tentam estruturar no QG bolsonarista o mapa de um governo com apenas 15 ministérios, a única certeza é a de que Planejamento, Fazenda e Indústria vão virar um só.

Limite O PSL vai manter acenos ao Nordeste na TV –única região em que Haddad vence– até o fim do horário eleitoral.

#Elenão Integrante da executiva nacional do PSDB, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman vai divulgar vídeo nesta quarta (24) declarando voto em Fernando Haddad (PT). O tucano afirma que a fala em que Jair Bolsonaro insinua perseguição a opositores “ultrapassou qualquer limite do aceitável”.

#Elenão 2 “Nunca me passou pela cabeça que um dia eu pudesse votar no PT, mas o discurso de Bolsonaro no domingo (21) me colocou além do limite do que é suportável. Contraria princípios constitucionais”, diz Goldman.

Nunca mais “Não é um voto pelo PT, mas contra Bolsonaro. Ele representa tudo o que abominei e vivi na ditadura militar”, conclui o ex-governador.

Para por aí O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, travou articulação para que o apoio de Goldman a Haddad fosse referendado por outros membros da sigla.

Mau presságio Em conversas internas, Alckmin avalia um eventual governo Bolsonaro como “catastrófico”. Ele tem repetido que não vai demorar muito para que o país comece a ver mais pessoas morrendo nas portas de hospitais por falta de gestão e investimento na área.

Sofre em silêncio O tucano, no entanto, não quer se posicionar para tentar manter o comando do PSDB em suas mãos. Como muitos filiados nos estados decidiram apoiar Bolsonaro, ele acredita que uma sinalização pró-Haddad pode miná-lo internamente.

Noutra canoa Márcio França (PSB) tem conseguido avançar no eleitorado evangélico de São Paulo que antes era afeito a João Doria (PSDB). O pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus, declarou apoio ao pessebista.


TIROTEIO

É a história do larápio que é flagrado com uma galinha debaixo do braço, dentro do galinheiro, e sai gritando ‘pega ladrão’

De Major Olímpio (PSL-SP), sobre Haddad ter chamado o general Hamilton Mourão de torturador com base em acusação desmentida