Haddad diz que virada não é impossível e mira eleitores que optaram por abstenção

Homem de fé Mesmo diante da larga vantagem com que Jair Bolsonaro (PSL) desponta neste segundo turno, Fernando Haddad (PT) diz que não é impossível tirar oito pontos do rival e equilibrar a disputa. Após publicação do novo Datafolha, o petista avalia que precisa ser “certeiro na propaganda eleitoral, porque o tempo é curto”, mas que há muito a ser explorado. A versão mais amena do capitão reformado está na mira. “Quem pregou violência por 20 anos vem dizer agora que não prega. É fácil?”

Vinde a mim A dianteira de Bolsonaro reforçou a determinação do PT de montar estratégia para atrair eleitores que não compareceram às urnas no primeiro turno, quando a abstenção alcançou 20,33%.

Vinde a mim 2 Num primeiro momento, os petistas vão se concentrar em trabalhar para ampliar o comparecimento em alguns estados do Nordeste e no Rio.

Barriga cheia A vantagem de Bolsonaro sobre Haddad entre eleitores que ganham de cinco a dez salários mínimos é acachapante: 62% a 28%.

É preciso lembrar Apoiadores de Bolsonaro começaram a distribuir mensagens por WhatsApp direcionadas para o eleitor nordestino. São fotos que apontam os potenciais e as mazelas da região, dizem que há gente disposta a melhorar a vida do povo e terminam como mote: “O Nordeste é Brasil”.

Gato por lebre? Analistas do mercado dizem que as divergências públicas expostas pela campanha de Bolsonaro e as recentes declarações do presidenciável do PSL sobre privatizações e reforma da Previdência começaram a ser vistas com preocupação.

Vendados Já políticos com trânsito entre gestores de fundo e operadores reconhecem que o volume de debates sobre as trapalhadas da campanha do capitão reformado aumentou, mas que ainda há muita condescendência.

Fale com eles O Sebrae promove dia 16 o evento “Diálogo com os Presidenciáveis”. Haddad confirmou presença. Bolsonaro ainda define como vai participar. A mediação será de Guilherme Afif, presidente da entidade. Cada candidato terá uma hora para responder a perguntas de micro e pequenos empresários.

Vem com tudo O PT vai redobrar os mimos e acenos a Ciro Gomes (PDT). O partido diz que, na situação em que Haddad está hoje, o “apoio crítico” oferecido pelo pedetista será insuficiente. Levar Ciro de vez para a campanha é uma das prioridades de Haddad.

Menos, muito menos Na reunião em que o PDT definiu dar suporte formal à candidatura de Haddad, diversos deputados e dirigentes pregaram que a sigla punisse dura e publicamente o candidato Amazonino Mendes, que disputa o governo de Amazonas e espalhou cartazes por toda a Manaus com sua imagem ao lado da de Bolsonaro.

Apelo O ex-chanceler Celso Amorim defende que o PT faça gestos mais enfáticos aos antigos adversários na disputa presidencial.

Apelo 2 Segundo Amorim, além de incorporar propostas ao programa de governo, Haddad deveria convidar nomes históricos de outros partidos a integrar a campanha. Amorim cita José Gregori, que foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, como exemplo de alvo preferencial.

Opções Chefe de gabinete da Presidência em São Paulo e um dos principais auxiliares do presidente Michel Temer, Arlon Viana usou as redes sociais para declarar apoio a Haddad. “O meu voto é pela democracia e contra o fascismo”, escreveu.

Às claras Após o entrevero entre Geraldo Alckmin (PSDB) e o candidato ao governo de SP da sigla, João Doria, tucanos históricos decidiram apoiar a candidatura de Márcio França (PSB) na disputa paulista. Há um movimento para tentar convencer Alckmin a declarar apoio público ao pessebista, explicitando de vez seu descontentamento com o correligionário.


TIROTEIO

O maior apoio que podemos dar a Jair Bolsonaro é derrotar Doria, livrando-o dessa biruta de aeroporto por quatro anos

Do deputado estadual Barros Munhoz (PSB-SP), aliado de Márcio França, o adversário do tucano na disputa pelo cargo de governador