Para conter Bolsonaro, aliados de Haddad querem apelo ao centro logo após o primeiro turno

Hora de somar forças Os fatos se sobrepuseram à divisão ideológica. A constatação de que Fernando Haddad (PT) vai ter muita dificuldade de derrotar Jair Bolsonaro (PSL) em um eventual segundo turno sem um aceno explícito aos eleitores de centro fez dirigentes petistas admitirem que, tão logo saia o resultado da votação no domingo (7), o candidato precisa fazer um apelo por união em torno de seu nome. O crescimento contínuo do deputado do PSL, explicitado no novo Datafolha, só reforçou a avaliação.

Para o alto e avante Bolsonaro registrou novo crescimento, que varia de 3% a 4%, em todas as faixas etárias que abarcam eleitores com mais de 35 anos.

Bateu no teto A intenção de votos de Haddad estacionou em 28% entre eleitores que ganham até dois salários mínimos. Bolsonaro, por sua vez, subiu mais três pontos percentuais, segundo o Datafolha, entre os que ganham de dois a cinco salários: passou de 39% para 42%.

Alerta vermelho O Datafolha alarmou a campanha de Haddad. A avaliação é a de que o índice de 39% que Bolsonaro atinge nos votos válidos pode aumentar no domingo (7). Os petistas temem que haja mais votos brancos ou nulos do que o estimado hoje.

Prancha de surfe O novo estirão do capitão reformado reforça a percepção de que ele conseguiu criar uma onda a seu favor na reta final do primeiro turno. Os petistas ainda acreditam que a disputa não se encerrará agora, mas o medo de uma derrota precoce já é real.

No lápis A campanha de Bolsonaro disparou um vídeo nas redes sociais em que faz “matemática” para dizer que, se metade dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) votarem nele, a vitória no primeiro turno estará assegurada.

Chega mais Aliados de Jair Bolsonaro dizem que integrantes da campanha de Alvaro Dias (Podemos) procuraram a equipe do capitão reformado quando ele estava internado no hospital. Queriam uma aproximação.

Nada com isso A presidente do Podemos, Renata Abreu, diz desconhecer qualquer contato e afirma que ninguém está autorizado a falar em nome da legenda.

Última que morre A defesa de Lula vai entrar com um recurso no TRF-4 para que o juiz Sergio Moro não julgue a ação penal envolvendo o instituto que leva o nome do ex-presidente e um apartamento em São Bernardo do Campo até que o Comitê de Direitos Humanos da ONU decida sobre o mérito do processo movido pelo petista na entidade.

Última que morre 2 Foi neste caso que o Ministério Público Federal pediu nova condenação de Lula nesta quinta (4). O petista alega que é vítima de uma caçada desleal de órgãos de Justiça. A expectativa é a de que a ONU só trate do assunto em março de 2019.

Náufrago O PT de São Paulo estima que pode perder de 10% a 20% de seus deputados na Assembleia e na Câmara por conta do baixo desempenho de Luiz Marinho na corrida pelo governo do estado.

Tempo urge Integrantes da campanha de João Doria (PSDB-SP) dizem que ele deve anunciar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) logo após a apuração eleitoral no domingo (7). Enquanto isso, o tucano seguirá fazendo gestos explícitos ao presidenciável do PSL e alinhando seu discurso ao dele.

Falem de mim A campanha de Doria celebra o fato de ele liderar interações com internautas no Facebook. O tucano obteve, na última semana, segundo seus aliados, o dobro do engajamento registrado por seus dois principais oponentes na eleição paulista.

Só pode pelas costas O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, pediu ao diretório nacional do partido que o prefeito Arthur Virgílio, de Manaus, seja expulso por infidelidade partidária. Virgílio declarou apoio a Marina Silva (Rede), semana passada, depois de tecer duras críticas a Geraldo Alckmin (PSDB).


TIROTEIO

Destinar só 0,3% do valor das emendas para segurança e defender mais armas nas ruas é lavar as mãos para a violência

De Renato Sérgio de Lima, do Fórum de Segurança Pública, sobre Bolsonaro ter destinado 0,3% do valor de suas emendas para a área