Marina pede que TSE investigue Bolsonaro por ‘orquestração’ de ataque hacker a grupo de mulheres
A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, ingressou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) neste sábado (22) contra Jair Bolsonaro (PSL) por “orquestração” do ataque hacker à página “Mulheres contra Bolsonaro”, informa Thais Arbex.
A ex-senadora pede que a Justiça Eleitoral investigue possíveis atos de abuso dos meios de comunicação e do poder político pelo presidenciável do PSL e pelo seu vice, o general Hamilton Mourão, e também de Eduardo Bolsonaro, filho do candidato.
Na ação, Marina alega que, ainda que não se confirme que Bolsonaro e seus aliados foram autores ou mandantes do ataque ao grupo, o capitão reformado obteve vantagem eleitoral com o caso.
“De forma voluntária, buscou projetar a sua campanha, fazendo crer que possuiria apoio e aceitação do eleitorado feminino”, diz o documento enviado ao TSE.
“Além disso, os ataques à página do grupo ainda que realizados por apoiadores da campanha, de fato, o beneficiaram, tendo em vista que foram excluídas as mensagens que lhe teciam críticas, alterando-as para outras que eram elogiosas.”
A ação destaca ainda que, ao reproduzir em suas redes o ataque, Bolsonaro agiu “de forma sarcástica, buscado se valer do episódio, sem qualquer pudor, para tentar alavancar a sua campanha”
“Os atos noticiados na demanda são graves por violarem os direitos constitucionais de liberdade de pensamento e expressão, por terem sido praticados na internet e no período eleitoral, portanto, atentarem contra a democracia”, diz Rafael Moreira Mota, advogado da coligação.
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