Haddad conteve choro e comemorou unidade do PT antes de substituir Lula
Levanta-te e anda Fernando Haddad (PT) foi orientado a conter qualquer emoção, mas ainda assim teve que engolir o choro ao anunciar que substituiria Lula na corrida pelo Planalto. Ele vai manter a presença virtual do padrinho na campanha. Quer todos os aliados do ex-presidente no PT ao seu lado. Dias antes de assumir o posto, Haddad dizia que, finalmente, sentia que a sigla estava unida. “Estamos como um exército, alinhados, batendo a espada no escudo e esperando a hora de entrar em campo”, afirmou.
Falar para dentro Aliados de Haddad dizem que o ex-prefeito de São Paulo está disposto a citar o nome de Lula a cada segundo que puder. A direção do PT vai dedicar os próximos dias a adaptar a agenda do novo candidato para otimizar sua exposição ao eleitorado lulista.
Sou você amanhã O PT vai tentar marcar uma diferença entre a indicação de Haddad e a da ex-presidente Dilma, que foi afastada do governo sob forte desaprovação. A ideia é dizer ao eleitor que Haddad não é o sucessor de Lula, mas seu substituto, e que todo e qualquer movimento dele tem aval do ex-presidente.
Gentileza… A atual coordenação da campanha presidencial deve colocar seus cargos à disposição de Haddad para que ele faça as mudanças que achar necessárias. O tesoureiro do PT, Emidio de Souza, deve ser incorporado ao grupo.
… gera gentileza A expectativa, no entanto, é que o agora candidato do PT mantenha os atuais coordenadores: o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, os ex-ministros Ricardo Berzoini, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Multiplicação dos peixes A cúpula do partido comemorou o resultado alcançado por Haddad no Datafolha. Avalia que, agora, com a presença dele em debates, sabatinas e entrevistas, a transferência dos votos tende a aumentar.
Queda de braço Prevendo a batalha pelo voto da esquerda, o candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes, conseguiu o apoio de quatro das cinco maiores centrais sindicais: Força, UGT, CSB e Nova Central. As entidades fecharam documento intitulado “Trabalhadores com Ciro” e farão ato em São Paulo para o pedetista.
Que fase! Dirigentes tucanos admitem que a oficialização de Haddad e a prisão do ex-governador Beto Richa (PSDB-PR) formaram um senhor pacote de más notícias para Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB.
Contra todos Esse grupo defende atitude incisiva contra Jair Bolsonaro (PSL) e contra Haddad na TV, com ênfase no voto útil. O tucanato quer levar à propaganda a tese de que votar no PSL é abraçar o risco de devolver o poder ao PT.
O bom filho A cúpula da coligação defende que Alckmin faça uma imersão em São Paulo, estado que governou por quatro vezes. Acham que ele precisa ter ao menos 35% dos votos. Nos próximos dias, ele irá a Campinas, Jundiaí e Bauru.
Ao trabalho Prefeitos, deputados e vereadores das microrregiões do estado foram orientados a disseminar as realizações do governo tucano. A equipe de comunicação de Alckmin repassa os dados. Há meta de publicações nas redes.
Falar e fazer Apesar do discurso público do PSL de que pesquisas não são confiáveis, o time que atua na internet para Bolsonaro admite que é preciso diminuir a rejeição dele. Estuda-se combinar a divulgação de propostas com peças que ataquem a percepção de que o candidato é machista.
Visitas à Folha Henrique Meirelles, candidato à Presidência da República pelo MDB, visitou a Folha nesta terça-feira (11). Estava acompanhado de Mauro Zanatta e Luiz Rila, assessores.
O deputado Ricardo Tripoli (SP), candidato ao Senado pelo PSDB, visitou a Folha nesta terça (11). Estava acompanhado de Marcos Saraiva, presidente nacional da Juventude do PSDB, e Lucas Tavares, assessor.
TIROTEIO
Beto Richa passa agora por duas experiências novas: a prisão e a obrigação de ter de se levantar cedo
Do senador Roberto Requião (MDB-PR), sobre a prisão do tucano, ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, nesta terça-feira (11)