Guru de Bolsonaro faz ofensiva para melhorar a imagem do candidato no exterior
Recuperação de ativos Após seu protegido ter sido apresentado pela revista The Economist como “um risco para a democracia” e pela Time como um “autocrata amante da ditadura”, o economista Paulo Guedes, guru de Jair Bolsonaro (PSL), deu início a uma operação para amenizar a imagem do presidenciável no exterior. Só nesta semana, Guedes esteve com investidores canadenses, dirigentes dos bancos americanos Morgan Stanley e Goldman Sachs e representantes das embaixadas da China e da Alemanha.
Poliglota Guedes, que comandará a economia do país se Bolsonaro for eleito, também falou com a imprensa estrangeira. Concedeu entrevista ao espanhol El Pais e à revista alemã Der Spiegel.
Com quem andas Os aliados do capitão reformado admitem que há forte apreensão no cenário internacional com um eventual governo do candidato do PSL. Guedes foi muito questionado sobre quem é Bolsonaro.
Fora da ordem A primeira propaganda produzida pela equipe de Bolsonaro para o rádio subverte tradição das campanhas. “O apelo que faço a você nesta reta final”, diz o candidato já na largada do horário eleitoral, “é: vamos trabalhar ao lado, buscando mais um amigo, mais um eleitor”. Essa narrativa é comum, mas às vésperas do dia de votação.
Parte pelo todo Marina Silva (Rede) prepara o lançamento dos cadernos temáticos de seu programa de governo. O primeiro a ser apresentado será o de educação.
Meu pessoal Em todos eles, a candidata vai destacar ações direcionadas a eleitoras. A campanha da ex-senadora decidiu fazer da defesa dos direitos das mulheres um dos pilares de seu discurso, ao lado da inclusão e sustentabilidade.
Sou o caminho A peça que a equipe de Marina preparou para o rádio ilustra bem a estratégia. A candidata ressalta que é mulher, mãe de quatro filhos e conta o passado de luta pela alfabetização para dar força à tese de que sua história prova que ela tem fibra.
Dois em um A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) vai fazer do slogan “cabeça e coração” peça chave da comunicação. Um spot diz que há o “Alckmin” gestor, a cabeça, e o “Geraldo”, o médico, coração.
Quem te viu… Edson Fachin, do STF, surpreendeu colegas do Supremo e também antigos amigos do mundo acadêmico ao votar pelo registro de Lula na corrida eleitoral –mas cada lado reagiu de uma forma. No fim, a maioria do TSE decidiu que o petista não pode ser candidato.
… quem te vê Colegas de corte disseram não ter entendido como Fachin pode ter votado para manter o ex-presidente preso e, depois, pela liberado sua candidatura. Já os que o conhecem há anos e são próximos, celebraram: “O jurista está vivo”, disse um amigo. Fachin entendeu que o despacho da ONU deveria ser seguido.
Venha quente O voto proferido pelo ministro Celso de Mello em 1998 sobre protocolos internacionais, citado por diversas vezes no TSE durante o julgamento de Lula, foi resgatado recentemente pelo próprio magistrado, que antevê a chegada do caso ao Supremo.
Tenho dito Mello chegou a entregar o texto a colegas do STF. O voto do decano prevê que um protocolo internacional não tem efeito vinculante no Brasil. Lula briga para ser candidato com base em um despacho liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU.
Estreia O problema técnico que impediu a exibição dos candidatos a deputado estadual da coligação de João Doria (PSDB) no primeiro dia da propaganda eleitoral na TV irritou muito aliados do ex-prefeito de São Paulo.
Zen Em um grupo de WhatsApp, os que ficaram de fora cobraram: “Precisamos de esclarecimento. Isso não pode acontecer”. Um dirigente tucano pediu compreensão. “A falha está corrigida. Nosso publicitário tem crédito! Apresentou um lindo programa do nosso candidato a governador. Vamos em frente…”
TIROTEIO
Se eu não soubesse que a citada decisão é de uma juíza, diria tranquilamente que é de um troglodita
Do criminalista Alberto Toron, sobre a juíza Carolina Lebbos ter proibido Gleisi Hoffmann (PT) de atuar como advogada de Lula