Defesa avalia desistir de pedido de soltura para evitar que STF discuta elegibilidade de Lula
Os fins e os meios Diante da indicação de que o Supremo vai acelerar o julgamento do recurso no qual o ministro Edson Fachin embutiu discussão sobre a inelegibilidade de Lula a um pedido de soltura, a defesa do ex-presidente avalia abrir mão da ação. No dia 6, os advogados do petista vão apresentar manifestação reiterando a tese de que a discussão sobre a elegibilidade não pode ser feita neste momento. Se sentirem que Fachin não vai acatar os argumentos, eles devem desistir do pedido de liberdade.
Sem saída A defesa de Lula entende que Fachin sinalizou que está disposto a tratar da inelegibilidade de Lula no STF antes do registro das candidaturas, no dia 15, o que não deixaria outra alternativa a não ser desistir do recurso.
Irmanados A discussão sobre abrir mão da ação cautelar que pede a soltura do ex-presidente envolveu, além dos advogados criminais, a banca que atua na esfera eleitoral.
Dois na mão O PT decidiu apostar tudo e rifar a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco depois de um encontro na noite desta terça (31), solicitado pela direção do PC do B. Quando Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, chegou ao local, dois dirigentes do PSB de Pernambuco estavam à sua espera.
Os infiltrados A presença dos dois pessebistas foi vista como um indicativo de que o PC do B só fecharia uma aliança nacional se os petistas fizessem um gesto ao PSB, que hoje comanda o governo de Pernambuco e teme o potencial de uma candidatura de Marília.
Xeque-mate No encontro dos dirigentes dos partidos de esquerda, na terça (31), Gleisi Hoffmann disse ao presidente do PDT, Carlos Lupi, que o PT estava oferecendo a vaga de candidato a vice de Lula a Ciro Gomes (PDT).
Fala sério? Lupi, a princípio, levou na brincadeira. Quando percebeu que era sério disse que o convite deveria ter vindo há duas semanas, antes da convenção do PDT que oficializou a candidatura de Ciro ao Palácio do Planalto.
Vai que cola Os petistas admitem que a operação não será fácil, mas dizem acreditar que o isolamento de Ciro na disputa pode acabar na formação de uma aliança da esquerda.
Coração valente A convenção que vai chancelar a candidatura de Henrique Meirelles (MDB) ao Planalto terá componente emotivo. Ele apresentará a decisão de disputar a Presidência como um sonho e a disposição de encarar a uma corrida cuja vitória é hoje muitíssimo improvável, como sinal de coragem.
Coração valente 2 Meirelles vai relembrar sua infância na escola pública e a trajetória de sucesso na iniciativa privada. Em um dos momentos mais fortes, dirá que chegou aonde chegou porque riscou de sua vida “a palavra impossível”.
Sem panos quentes O acordo do PT com o PSB mexeu profundamente com a disputa em Minas. Márcio Lacerda (PSB), que havia anunciado candidatura ao governo, estava numa conversa com o virtual adversário Rodrigo Pacheco, do DEM, quando foi avisado pela direção nacional de que deveria abdicar da disputa.
Repeteco Pacheco, segundo os relatos, comunicava a Lacerda que, como PSDB e DEM fecharam aliança nacional, tendia a deixar a disputa pelo governo para compor a chapa do tucano Antonio Anastasia, que já comandou o estado, como candidato ao Senado.
No embalo Com a saída de Lacerda, Pacheco avalia manter-se na disputa –embora ala do DEM discorde da ideia e trabalhe para acelerar a composição com Anastasia. Se o acordo sair, a cúpula do PSDB acredita que o tucano pode vencer no primeiro turno.
Visita à Folha Eduardo Alcalay, presidente do Bank of America Merrill Lynch no Brasil, visitou a Folha nesta quarta-feira (1), onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Andrea Bartzsch, diretora de comunicação e marketing, e Clarissa Toscano, assessora de imprensa.
TIROTEIO
Isso mostra a voracidade e a arrogância dessas associações de classe que não têm limites para buscar poder. Calma, gente!
Do advogado Técio Lins e Silva, sobre associação de procuradores ter pedido que o STF libere a categoria a disputar eleição sem deixar o cargo