Centrão diz que Alckmin pode buscar vice fora da coligação, mas quer dar aval a nome
Venha de onde vier A ausência de um nome das hostes do centrão que tenha porte incontestável para a vaga de vice de Geraldo Alckmin (PSDB) fez dirigentes dos partidos que compõem o grupo abrirem a possibilidade ao tucano de buscar seu parceiro de chapa em outra legenda –inclusive fora da coligação. Não é a saída preferida mas, dado o cenário criado pela recusa de Josué Alencar (PR-MG), a prioridade é não criar novo constrangimento. Há um porém: o forasteiro será analisado, e o bloco terá poder de veto.
Tipo isso, só que não O exemplo citado por integrantes do grupo como um nome de fora que seria aceito sem problemas é praticamente impossível: Alvaro Dias (Podemos). Rival de Alckmin na disputa presidencial, ele já descartou diversas vezes uma composição com o tucano.
Brainstorming Enquanto o vice ideal não aparece, o centrão vai continuar a passar um pente-fino nos quadros de seus partidos para tentar chegar a um entendimento. Alckmin reiterou nesta quinta (26) que conta com uma indicação do grupo.
Poder da mente Dirigentes do bloco comentaram que o tucano foi revigorado pela aliança. “O clima em volta dele é outro”, disse um presidente de partido. “Achei até o discurso mais empolgante, ele mais cabeludo, mais bonito”, emendou aos risos.
Meu tratado Às vésperas da convenção que vai oficializar a candidatura de Henrique Meirelles, o MDB lançará documento intitulado “Carta Aberta à Nação”. O texto diz que a sigla não teve tempo para “implantar e desenvolver plenamente” suas propostas e pede continuidade.
Caminho do meio A carta faz elogios a Meirelles, diz que ele tem a experiência e o equilíbrio e cita a passagem pelo Ministério da Fazenda. “O Brasil não quer ir para a direita nem para a esquerda. O que os brasileiros querem é ir em frente”.
Em papel timbrado O texto termina com uma convocação para que a militância defenda o candidato da sigla e diz que “Henrique Meirelles será o primeiro presidente do MDB eleito pelo voto direto”. Tancredo Neves foi escolhido em 1985 por um colégio eleitoral. Michel Temer ascendeu ao Planalto com o impeachment de Dilma Rousseff.
Prevendo o pior Depois de o PSB ter adiado para o último dia possível, 5 de agosto, a decisão sobre o rumo que vai tomar na eleição presidencial, dirigentes do PT passaram a tratar como cada vez mais remotas as chances de uma aliança com o partido.
Prevendo o pior 2 A avaliação interna é a de que os socialistas vão com Ciro Gomes (PDT) e devem levar o PC do B junto.
Pesadelo Os petistas também devem se preocupar com o Pros. As conversas estavam bem encaminhadas, mas o aceno da Rede com a vice de Marina Silva para Maurício Rands (Pros-PE) pesou.
Haja saliva Os presidentes de siglas da esquerda –PT, PDT, PC do B, PSB e PSOL– vão se reunir na semana que vem. O PC do B vai voltar a pregar a tese da união em torno de um único nome, embora admita que é difícil PT ou PDT abrirem mão de suas candidaturas.
E o amor à farda? Citado como opção para a vice de Jair Bolsonaro (PSL), o astronauta Marcos Pontes tornou-se alvo de críticas entre militares. Ele é tratado com desdém nas Forças por ter, depois de chegar à Nasa com investimento federal, decidido deixar a Aeronáutica para atuar na iniciativa privada.
Sem fantasia Dirigentes do PSL ainda apostam no nome do deputado Márcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) para o posto. Avaliam que, entre os cotados, ele é o que mais agrega votos à chapa presidencial.
Gol contra O desconforto de parte da direção do PSL com seu presidente interino, Gustavo Bebianno, começou em abril, quando ele divulgou vídeo desaconselhando filiações ao diretório do DF, que é ligado à antiga executiva da legenda.
TIROTEIO
Quem somos nós para metermos a colher? Hoje existem tantos casamentos sem amor que dão certo…
Do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) sobre o apoio do centrão à candidatura ao Planalto de Geraldo Alckmin (PSDB)