Por aliança, Alckmin diz que fala até com a mãe de Josué, que não o quer na política

Namoro à moda antiga Nas diversas conversas que teve com dirigentes do centrão sobre a dificuldade de aceitar a vaga de vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência, Josué Alencar (PR-MG) disse que a resistência de sua mãe, Mariza, era o maior empecilho à aliança com o tucano. O mineiro, então, foi informado de que, se tivesse disposição de ficar com o posto, Alckmin iria falar com família dele pessoalmente, ao lado da mulher, dona Lu, para se apresentar e se incorporar ao esforço de convencimento.

Geração em geração O mineiro fez questão de externar que não gostaria de desagradar à mãe, que tem 83 anos e já deu diversas declarações contra a entrada dele na política. A família alega que a ligação de José Alencar, pai de Josué, com Lula e o PT não pode ser esquecida.

Sangue frio Se a visita ocorrer, o apelo do tucano será para que a família do empresário “pense no Brasil”. Os dirigentes do centrão e o PSDB dormiram sem saber que decisão Josué tomaria. A perspectiva é a de que ele encerre o suspense até esta quarta (25).

Vai como dá A interlocutores Josué disse que, pessoalmente, vê com bons olhos a vaga de vice. Mas, sem um martelo batido, dirigentes do centrão decidiram anunciar o apoio do bloco a Alckmin nesta quinta (26), às 10h, mesmo que a chapa ainda esteja indefinida.

Meia-volta Atordoados com a dificuldade de encontrar um vice para Jair Bolsonaro, dirigentes do PSL voltaram a pedir ao presidente do PRP, Ovasco Resende, que libere o general Augusto Heleno para ser vice do capitão reformado. Foi tiro na água.

Pé no chão O pedido não convenceu. Entre os cotados para a vaga, Janaina Paschoal perdeu força e Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), ganhou.

Junto e misturado Aliados de Lula disseram que, na conversa da semana passada, ele fez um apelo para que Sepúlveda Pertence continue em sua defesa, mas não concordou com a divisão de tarefas na equipe que o atende.

Ideia descartada Petistas pregavam que, para evitar mais brigas entre os advogados, Pertence atuasse somente nos tribunais superiores e Cristiano Zanin fizesse a defesa dele na Justiça Federal.

Dois gumes A decisão do TSE citada por aliados de Paulo Skaf (MDB) como uma espécie de carta branca para o ingresso da policial Carla Danielle Basson como vice na corrida pelo governo de São Paulo deve ser usada por adversários para contestar a chapa.

Dois gumes 2 Em fevereiro, a corte entendeu que militar “não ocupante de função de comando” pode deixar o posto apenas no momento da inscrição na disputa. Carla, porém, comandava o 11º Batalhão do Interior. Ela pediu licença da PM nesta semana.

Gaste saliva Para os adversários do emedebista, há brecha para indagar se ela não deveria ter se desincompatibilizado antes, há três meses da eleição.

Está escrito defesa de Skaf afirma que a lei que orienta prazos eleitorais deixa claro que a vedação a um policial na posição que ela ocupava só existe para os que queiram disputar eleições municipais.

Direitos iguais  O PSDB paulista definiu os quadros que vão disputar as eleições legislativas. À Assembleia serão 38 candidatos e 17 candidatas. Na corrida por uma cadeira na Câmara, eles serão 39. Elas, 19. Ou seja: o dobro de homens.

Lá e cá A partir de agosto, o candidato do PSDB ao governo de SP, João Doria, vai concentrar esforços na capital e na região metropolitana, onde é mais rejeitado. Seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), fará caravanas pelo interior.

Mau humor Pesquisa encomendada por integrantes do PSDB paulista mostra que o eleitor da capital tem “baixo grau de satisfação” com a administração da cidade, que estava nas mãos de Doria até abril. O tucano que aparece melhor na enquete é Orlando Morando, prefeito de São Bernardo (SP).


TIROTEIO

Busquei um vice que fosse o sócio de um projeto, não um cúmplice. Por isso foi fácil de achar e não houve negociação

De João Amoêdo, pré-candidato à Presidência pelo Novo, sobre a dificuldade dos rivais de encontrar um companheiro de chapa