PT espera fechar primeira aliança nacional com o Pros

Ato inaugural A direção do PT começa esta semana com a expectativa de fechar a primeira aliança nacional. As conversas com o Pros estão em estágio adiantado e a ideia da cúpula petista é consolidar o acordo nos próximos dias. O Pros apoiou Dilma Rousseff em 2014 e reivindica, desta vez, suporte para ampliar sua bancada na Câmara, hoje com 11 deputados. O acerto traria certo alívio à legenda do ex-presidente Lula. Aliados mais tradicionais, como o PC do B, ainda têm dúvidas sobre uma composição.

No limite Após as reuniões deste fim de semana, dirigentes do PC do B dizem que ganha força na legenda a tese de que é preciso aguardar até o último dia, 15 de agosto, data de registro das candidaturas, para tomar um rumo definitivo.

Deixa estar O plano seria confirmar a candidatura de Manuela d’Ávila à Presidência na convenção, dia 1º de agosto, mas seguir com as negociações com PT e PDT até o limite. Neste domingo, os comunistas fizeram novo apelo à unidade da esquerda.

Sonho meu Um acordo que unisse PT, PDT, PSB e PC do B é quase impossível.

Gastrite nervosa Os emissários do PSB já começaram a sondar Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, sobre a hipótese de ele aceitar se recolocar na disputa presidencial. Um grupo ligado ao partido o convidou para jantar no sábado (21). A cúpula da sigla passou o domingo (22) à espera de relatos.

Última saída Se Barbosa rejeitar a ideia, o que a direção do PSB considera o mais provável, a tendência é a de que os diretórios de Pernambuco, sob o governador Paulo Câmara, e o de São Paulo, de Márcio França, se unam para garantir que a sigla fique neutra.

Foro íntimo Dirigentes do PSL, partido de Jair Bolsonaro, têm dito que são muito grandes as chances de a advogada Janaína Paschoal não assumir a vaga de vice do presidenciável. Nas conversas, ela indicou que questões familiares a impedem de ficar com o posto.

Lustro O apoio dela a Bolsonaro, porém, é visto como um ativo importante. Integrantes da sigla dizem que Janaína espelha uma direita mais elitizada e que poderia ajudar a modular o discurso do capitão reformado com suas ideias.

Pequenos notáveis Aliados do senador Álvaro Dias (Podemos) tentam articular uma última cartada para cacifá-lo na propaganda eleitoral. O presidenciável atua para atrair partidos pequenos que costumam lançar candidatos próprios, como o PRTB, de Levy Fidelix, e o PSDC, de José Maria Eymael.

Pequenos notáveis 2 A possibilidade de um acordo com Dias foi abordada por Fidelix, que filiou o general da reserva Hamilton Mourão ao seu partido, durante a convenção do Podemos, neste domingo (22). O PTC também está na mira do presidenciável.

Saldo devedor Gilberto Kassab, comandante do PSD, tornou-se o principal estrategista dos tucanos Geraldo Alckmin, que disputará a Presidência, e João Doria, que concorrerá ao governo de SP. Nos dois casos, ele abdicou de vagas nas chapas majoritárias para abrir espaço às negociações com outras legendas.

Saldo devedor 2 Kassab, até agora, não disse o que busca em troca de tamanho suporte. Quem participou das conversas do centrão com Alckmin diz que, enquanto siglas como DEM e PP já apontaram que espaços querem num novo governo, o ministro desconversou. Disse que era melhor aguardar para definir.

De dentro para fora A equipe de Márcio França (PSB), pré-candidato ao governo de São Paulo, já prepara estratégias para tentar espalhar a rejeição de João Doria da capital para o interior do estado.

Fale com quem conhece Uma das ideias é, no programa eleitoral, sugerir aos eleitores que moram no interior que, antes de definir o voto, liguem para parentes ou amigos da capital paulista para perguntar a opinião deles sobre o ex-prefeito tucano.


TIROTEIO

Bolsonaro sonhou com uma grande aliança e terminou com um pesadelo em que nem Janaína sabe se quer ser vice dele

Do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), sobre a dificuldade de Jair Bolsonaro (PSL) para atrair aliados e completar sua chapa