Gesto do centrão a Alckmin faz até nomes do MDB apostarem em crítica ao fisiologismo
Se a carapuça servir O PT não estará sozinho na tarefa de pintar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) como o retrato daquilo que o eleitorado que fala “contra o que está aí” quer evitar. Se os petistas vão tratar o tucano como o representante de fato do governo Temer e da derrubada de Dilma Rousseff, outras siglas vão usar o fisiologismo do centrão para atacá-lo. Estrategistas de Ciro Gomes (PDT) já sinalizam nessa direção e nem mesmo os de Henrique Meirelles (MDB) descartam seguir essa linha.
Voltas que o mundo dá O PT avalia que o acordo do centrão com Alckmin alimentou o discurso daqueles que apostam na reedição da polarização entre petistas e tucanos em 2018. Essa mensagem será martelada a PC do B e PSB nos próximos dias, na tentativa de atrair as duas siglas.
Próprio umbigo O PC do B está dividido. A ala que defende o apoio a Ciro Gomes diz que, ao insistir do discurso do golpe e na defesa de Lula, o PT faz uma campanha para dentro e restrita à defesa da liberdade do ex-presidente.
Gestão compartilhada Dirigentes do centrão que estão negociando com Alckmin querem jantar com Josué Alencar (PR-MG) na quarta-feira (25). O empresário mineiro foi indicado como o candidato a vice-presidente pelo grupo.
Gestão compartilhada 2 O encontro serviria exatamente para reforçar isso. As siglas que formam o bloco querem deixar claro que Josué é o nome do consórcio, e não só do PR.
Diz o ditado A cúpula do PDT tem tratado a rejeição do centrão ao nome de Ciro na base do lema “há males que vêm para o bem”. Integrantes do partido defendem que o candidato procure Marina Silva (Rede) para discutir a possibilidade de uma aliança.
Vai que cola? Marina já rejeitou acenos de outras siglas, mas os pedetistas dizem que Ciro deve ao menos tentar.
Menos é mais O discurso feito por Ciro no lançamento de sua candidatura ao Planalto, nesta sexta (20), passou por diversas mãos. A principal preocupação era a de que fosse uma fala sem rompantes.
Afasta de mim O comando da campanha quer evitar que o pedetista seja visto como o “Bolsonaro da esquerda”.
Atire a primeira pedra O cacique do PRTB, Levy Fidelix, criticou o estilo de Jair Bolsonaro (PSL). O presidenciável deu sinais de que tentaria fazer do general da reserva Hamilton Mourão, filiado à legenda de Fidelix, seu vice.
Ordem dos fatores “Primeiro você conversa com a direção partidária e depois com eventuais candidatos. É um erro político fazer o contrário. Isso é feio, péssimo. O que ocorreu com o PRP foi isso”, disse Fidelix, em referência à tentativa frustrada do pré-candidato de atrair o general Augusto Heleno (PRP).
Deus proverá Diante dos sinais de que as tratativas com o PRTB também dariam trabalho, coordenadores da campanha de Bolsonaro começaram a buscar uma opção. O nome de Janaína Paschoal, advogada que integrou o grupo que formulou o pedido de impeachment de Dilma, ganhou força.
Seguro morre de velho A equipe de Bolsonaro vai fazer um “check list” no Centro de Convenções SulAmérica, onde ocorrerá a convenção do PSL, no domingo (22), para verificar se há grampo ou falha de segurança. O deputado tem medo de escutas e demonstra preocupação com atentados.
Capilaridade Rodrigo Garcia (DEM-SP), o vice de João Doria (PSDB-SP) na disputa pelo governo de São Paulo, foi escolhido coordenador da campanha para tentar assegurar um bom desempenho no interior do estado. O democrata fará ato neste sábado (21), em São José do Rio Preto (SP), com mais de cem prefeitos.
Trincou Dirigentes de siglas que participaram da cerimônia de indicação de Garcia à vice de Doria disseram que, apesar das falas amigáveis, a relação entre o ex-prefeito e Alckmin, padrinho político dele, está em frangalhos.
TIROTEIO
Coligação que inclua vice e presidentes da Câmara e do Senado é inovação. Só falta combinar com o povo e os congressistas
Da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), sobre o apoio do centrão a Alckmin passar pela repartição do comando do Congresso