Impasse em coligações nos estados trava negociação de Bolsonaro com PR
Casos de família Um impasse em torno de coligações nos estados emperrou o acordo do PR de Valdemar Costa Neto com o PSL de Jair Bolsonaro. O Partido da República impôs a replicação da aliança nas eleições do Rio e de São Paulo como condição para encorpar o palanque nacional do presidenciável. O problema é que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que vai concorrer ao Senado, não topou dar suporte ao PR em solo fluminense. A negativa travou as conversas e colocou a costura do pai, o presidenciável, em xeque.
Meu cálculo Valdemar vê a possibilidade de ampliar as bancadas do PR na Câmara e no Senado como a principal vantagem de uma aliança com Bolsonaro. Por isso o esforço para subordinar o acordo na corrida presidencial à repetição da união em alguns estados.
Vida real O desarranjo no Rio fez Valdemar suspender as conversas com Bolsonaro e reavaliar as chances de fechar com o candidato do centrão ou com o PT. Ele não esconde que prefere um acordo com o polêmico deputado, mas não está disposto a entregar o tempo de TV do PR sem obter nada em troca. Nova conversa deve ocorrer esta semana.
Vapt-vupt Sozinho, o PSL tem apenas oito segundos de TV.
#Chateado Aliados de Bolsonaro dizem que ele ficou muito magoado com o senador Magno Malta (PR-ES), que deu sinais de que descarta mesmo assumir a vaga de vice na chapa do deputado.
Tal pai Nesta segunda (16), Valdemar terá conversa com Josué Alencar (PR-MG), nome cotado para a vice de diversos presidenciáveis. Quer ouvir o que o mineiro pensa das ofertas. Semana passada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reiterou que Lula gostaria de tê-lo como vice.
Registrado em cartório Líderes do PR, porém, dizem que uma aliança com o PT só ocorreria se um acordo documentasse que, caso Lula não possa mesmo concorrer, Josué assumiria a cabeça de chapa –proposta que a maioria da cúpula do PT considera irreal.
Aposta no radical Gleisi voltou a dizer para dirigentes de legendas que busca atrair ao palanque do PT que o partido pode pregar o boicote às eleições se Lula for impedido de se candidatar.
Não tá comigo A defesa do ex-presidente Lula vai entregar a Sergio Moro perícia realizada no sistema MyWebDay, que registrava pagamentos de propina da Odebrecht. O laudo será juntado em sigilo. O documento atesta que o dinheiro da empreiteira atribuído à reforma no sítio de Atibaia teve, na verdade, outro destinatário.
Não tá comigo 2 Os peritos contratados pelo petista dizem ter identificado o caminho dos R$ 700 mil que, para a acusação, saíram de contas da empreiteira para bancar reformas na propriedade. A perícia de Lula afirma que o dinheiro não foi usado no sítio.
Ao gosto do freguês Desembargadores do TRF-4 divergem sobre a atitude do juiz federal Rogerio Favreto, que mandou soltar o ex-presidente num domingo de plantão. Parte da corte entende que ele tinha competência para decidir o habeas corpus –embora discorde dos argumentos para a libertação.
Cabra marcado Outra ala entende que ele não poderia ter se manifestado. O pedido de abertura de inquérito contra Favreto também divide o TRF-4. Magistrados dizem que, se a investigação prosperar, será criado um clima de que todo juiz que decide a favor de Lula está sujeito a punição.
Tu o dizes Aliados de Márcio França (PSB) divulgaram no WhatsApp um vídeo em que João Doria (PSDB), à época recém-eleito prefeito de SP, aponta para o pessebista e diz: “Parte considerável da nossa vitória se deve a este homem. Liderança extraordinária”.
Palavras ao vento O filme mostra outros elogios do tucano ao hoje rival na disputa pelo governo do estado. “Márcio, vocês têm um partido forte, liderança, fortaleza (…). É um privilégio ter um aliado desse porte, dessa dimensão.”
TIROTEIO
O centrão vai querer mandar no eleito. Não se fala com o diabo só sobre o que se quer. Depois, ele volta para cobrar a conta
Do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), sobre Ciro Gomes (PDT) admitir ajustar propostas para ter o apoio de siglas como DEM e PP