Processos sobre Moro devem ser analisados pelo CNJ na gestão de Toffoli
Como será o amanhã? Os dois procedimentos a que Sergio Moro responde no Conselho Nacional de Justiça só devem ser avaliados na gestão do ministro Dias Toffoli, que assume o colegiado em setembro. A primeira apuração trata da quebra do sigilo de conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Lula. A segunda, recente, da guerra de liminares sobre um habeas corpus do petista. Como o ex-presidente está no centro dos episódios, membros do CNJ dizem que nada os impede de unir as ações.
Empoeirado O primeiro procedimento aberto contra Moro refere-se a episódio de 2016. Ele está na pauta do colegiado, mas nunca foi chamado para deliberação pela atual presidente, Cármen Lúcia.
Diga-me O segundo caso foi aberto nesta terça (10) após a guerra de liminares sobre habeas corpus de Lula.
Diga-me 2 Neste, o CNJ quer entender se Moro agiu de maneira atípica ao interromper as férias para despachar, se quebrou a hierarquia ao desqualificar a polêmica decisão de Rogerio Favreto e se, ao admitir ter acionado outros juízes do TRF-4, indicou ligação excessiva com o caso.
Não dói Ainda que o CNJ opte por punir o juiz, os que apostam mais alto acham que o colegiado lançará no máximo uma advertência contra ele.
Deixe-os O presidente da Associação dos Juízes Federais, Fernando Mendes, vai falar com o corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, sobre os procedimentos contra Gebran Neto, do TRF-4, e Moro. Sustenta que não há motivo para processo disciplinar.
Se vire Favreto, que determinou a soltura de Lula no domingo (8) e desencadeou a confusão, não é associado à Ajufe. Juiz de segundo grau, ele não pode ser alvo de advertência ou censura. Sobrariam as penas mais duras, que vão de remoção à aposentadoria compulsória.
Digitais Apesar de a decisão de Favreto ter sido vista como teratológica, só haveria motivo para punição, dizem integrantes do CNJ, se provarem que ele fez contato com petistas.
Cercado O MBL apresentou representação à Corregedoria do TRF-4 contra Favreto. Quer que ele tenha a conduta apurada no próprio tribunal.
Armas no coldre Após uma série de conversas, TCU e AGU fizeram um ensaio de trégua. A Advocacia-Geral da União ficou de enviar os termos do acordo de leniência da Odebrecht para a corte, que recuaria da disposição de anular o trato desde que ele preservasse sua competência para apurações adicionais.
Meus sinais Antes de aceitar integrar o time que coordenará a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) disse que só toparia a empreitada se o tucano tivesse palanque único no estado. O presidenciável concordou.
Inspirados A plataforma online criada pela campanha de Alckmin para receber propostas para o plano de governo já contabiliza mais de 500 sugestões. Ela foi lançada há pouco mais de uma semana.
Plano B Com a desistência do apresentador José Luiz Datena (DEM) de concorrer ao Senado, coordenadores da campanha de João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo paulista, acertaram que a vaga na chapa do tucano será destinada ao deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).
Fui O deputado estadual Cauê Macris (PSDB-SP) pleiteava o posto, mas disse se retirar da disputa em “prol da unidade partidária” depois que Covas declarou apoio a Tripoli.
De casa Caberá ao PSD, de Gilberto Kassab, indicar o titular da segunda vaga da chapa de Doria para o Senado. Ele deve ceder o posto a Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Sai dessa Embora o governo Michel Temer esteja pressionando o PP a apoiar o nome de Henrique Meirelles (MDB) na campanha à Presidência, dirigentes do partido dizem que as chances de isso ocorrer são remotas.
TIROTEIO
O desembargador fazer conchavo com petistas para soltar seu antigo chefe ofende a Justiça e fere de morte a decência
Do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sobre a atuação de Rogerio Favreto, o juiz do TRF-4 que autorizou a soltura de Lula no domingo