Após derrotas no STF, militantes decidem fazer greve de fome por Lula

Mártires em produção Após as seguidas derrotas no STF e os sinais de que a presidente da corte, Cármen Lúcia, não pautará ações que pedem a revisão da prisão após segunda instância até setembro, 11 militantes de movimentos sociais ligados ao PT começarão uma greve de fome em apelo à libertação do ex-presidente Lula. O protesto será deflagrado no fim deste mês e tem o respaldo da direção do partido. Os manifestantes prometem acampar em Brasília até que a situação do petista seja reavaliada.

Meios e fins A ação extremada faz parte de uma série de movimentos que o PT vai promover para tentar reverter a prisão de Lula. O partido quer entregar um abaixo-assinado a tribunais superiores em 15 de agosto, quando haverá ato para o registro da candidatura do petista.

Detalhes tão pequenos… Os militantes que estarão à frente da greve de fome são da Via Campesina, organização formada por 15 entidades, entre elas o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

…De nós dois O MST é o movimento social com o qual o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, mais teve contato ao longo da carreira. A proximidade com os sem terra chegou a suscitar a resistência da bancada ruralista à aprovação de sua indicação para o STF.

Só observando O PT diz que não há previsão de Lula aderir à greve de fome.

Pela boca Ministros do STF têm manifestado à cúpula da PGR e do Conselho Nacional do Ministério Público profunda irritação com os comentários de procuradores sobre juízes da corte em redes sociais. O corregedor do CNMP vem sendo constantemente provocado, assim como conselheiros do órgão.

Guerra Um integrante da corte afirmou que o MPF conseguirá “unir todo o Supremo contra ele” com esse tipo de atitude. Ministros veem uma escalada no tom dos petardos de procuradores.

Tu o dizes No último episódio rumoroso, Monique Cheker, do MPF do Rio, insinuou nas redes que juízes da corte recebem dinheiro “por fora” para beneficiar “companheiros”. Após o Painel noticiar o caso, o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, do CNMP, acionou a corregedoria.

Vi vantagem Integrantes do PSB dizem que, hoje, uma declaração de apoio a Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial é apenas questão de tempo. Dirigentes da sigla avaliam que, enquanto o PDT oferece apoio em todos os Estados onde o PSB disputará governos, o “PT só tira”.

E eu? Preocupado com o avanço das negociações de pessebistas com Ciro, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, procurou aliados de seu sucessor no governo de SP, Márcio França (PSB), que comanda ala importante da legenda.

Água entre os dedos Alckmin queria saber quais as chances de o PSB aprovar o apoio a Ciro. Ouviu que, hoje, os pessebistas de SP quase não veem motivos para barrar uma aliança com o pedetista.

Façam fila Alckmin sabe que, se o PSB embarcar na canoa de Ciro, as chances de DEM e PP fazerem o mesmo são imensas.

Antes só  Paulo Skaf (MDB-SP) tem dito a aliados que, se não for para concorrer ao governo de São Paulo, prefere voltar ao comando da Fiesp. O emedebista é assediado pelo PSDB para sair candidato ao Senado e pelo PSB para ocupar a vice de Márcio França.

É comigo? O receio de que João Doria (PSDB) substitua Geraldo Alckmin na corrida presidencial entrou na conta de partidos pequenos que ameaçam abandonar a coligação de França. Doria tem reagido com humor às insinuações. “Se começam a falar disso eu até saio da sala”, brinca.

Visita à Folha O deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP) visitou a Folha nesta terça-feira (3). Estava acompanhado de João Silvestre Bôrro, chefe de gabinete, Delmindia Costa, assessora de imprensa, e Guilherme Farid, assessor jurídico.


TIROTEIO

Antes olhava-se o melhor programa e batalhava-se pelo candidato. Hoje, olha-se pesquisas. Isto chamávamos oportunismo

Do deputado Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB, sobre o método usado por siglas que ainda não definiram rumo na eleição