Defesa de Joesley quer arrolar equipe de Janot como testemunha no STF

Estamos juntos nessa Com a decisão do ministro Edson Fachin de abrir procedimento no STF para apurar suspeitas de irregularidades na delação da JBS –em especial a participação de Marcello Miller–, a defesa de Joesley Batista estuda arrolar integrantes da força-tarefa da Lava Jato na era de Rodrigo Janot como testemunhas. O advogado André Callegari não descarta incluir o próprio ex-procurador-geral na lista. O promotor Sérgio Bruno, figura outrora proeminente na PGR, também é opção.

Colegiado Ao todo, quatro advogados atendem os principais delatores da JBS. Eles devem se reunir na próxima semana para bater o martelo sobre a linha que vão seguir. Callegari já havia arrolado Janot como testemunha no inquérito da Polícia Federal que acabou imputando a Miller o crime de corrupção.

Você sabe O advogado de Joesley anda com cópias de entrevistas concedidas por Janot dentro de sua pasta. Nas notícias, o ex-procurador-geral diz que Miller não cometeu crime.

Você sabe 2 A PF anotou na conclusão do inquérito sobre o caso que o promotor Sérgio Bruno, da equipe de Janot, soube no início de março que Miller havia fechado com escritório que atuaria para a JBS. No dia 28 daquele mês, a PGR firmou acordo de confidencialidade –passo para a delação– com os Batistas.

Você sabe 3 Em setembro, depois que a participação de Miller tornou-se um escândalo com a divulgação de grampos em que Joesley falava dele, Janot pediu a rescisão do acordo de delação.

Estranho no ninho Cláudio Lembo, ex-governador de São Paulo, participará nesta quinta (28) de debate sobre a elegibilidade do ex-presidente Lula. Fundador do PFL, hoje no PSD, Lembo integra grupo de 30 advogados que estarão no evento.

Sem fronteiras O encontro foi organizado pelo ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, que integra a defesa de Lula. Sua ideia é ampliar o debate sobre o caso do petista para além da esquerda.

Vai com ele O PTB age para indicar o vice na chapa encabeçada por Márcio França (PSB), governador de São Paulo e candidato à reeleição. Quer emplacar Luiz Flávio D’Urso.

O piloto sumiu A estagnação do tucano Geraldo Alckmin nas pesquisas de intenção de votos fez crescer no mercado a convicção de que a disputa central da eleição ao Planalto se dará entre Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSL).

E ele? Investidores que antes acreditavam no crescimento do tucano estão céticos –e temerosos de que Ciro cresça.

Voo solo Assim como o DEM, o PSDB também testou o nome de José Luiz Datena como vice de Alckmin. Apesar de a presença do apresentador ter aumentado o percentual de votos, o tucano interditou debate sobre a chapa.

Procura-se Em entrevista a uma rádio de Recife, Henrique Meirelles, o presidenciável do MDB, traçou o perfil desejável para um companheiro de chapa: “Um vice do Nordeste seria uma excelente alternativa. Seria minha preferência”.

Audaz Na terça (26), João Doria (PSDB) e coordenadores de sua campanha ao governo de São Paulo estabeleceram uma meta: vencer no primeiro turno –e com a melhor marca que o PSDB já teve no estado.

Número O ex-prefeito quer conseguir 5 pontos percentuais a mais do que os 57,92% que fizeram José Serra (PSDB) vencer em 2006. O desafio foi repassado aos 47 coordenadores regionais da campanha.

Nova direção Pesquisa encomendada pela Prefeitura de SP diz que 44% da população já assimilou o fato de que quem manda na máquina municipal hoje é Bruno Covas (PSDB), que sucedeu Doria.

Pendurou a conta A gestão é aprovada por 34%. 37% desaprovam e 29% não responderam. No resultado, avalia um integrante da equipe atual, há resquícios da mágoa com a saída de Doria.


TIROTEIO

Há a Justiça do Fachin e a de Toffoli. Respeito sentença. Incomoda é sistema que depende da sorte de quem vai julgar

Do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) sobre a acirrada divisão no STF, explicitada pelas derrotas de Edson Fachin na Segunda Turma