Aliados pressionam Alckmin a dedicar apoio só a Doria e abandonar Márcio França

Sua circunstância A ampla chapa articulada por João Doria (PSDB) na disputa pelo governo de São Paulo aumentou a pressão para que Geraldo Alckmin, o presidenciável tucano, rompa o palanque duplo que tem no estado e abrace de uma vez a campanha do correligionário. Alckmin tem evitado agendas com Doria para não melindrar o governador Márcio França (PSB), que era seu vice e o sucedeu no comando da administração. Agora é aconselhado a escolher um lado, ainda que desagrade o pessebista.

Pragmático Enquanto Doria lidera a disputa estadual e, com a adesão do PP, garantiu a maior fatia da propaganda eleitoral vislumbrando agora até a vitória no primeiro turno, Alckmin patina nas pesquisas e aparece abaixo de Jair Bolsonaro mesmo nas enquetes com eleitores paulistas.

Onde pega Márcio França sempre foi um aliado fiel do presidenciável tucano e tornou-se peça decisiva na queda de braço interna que ainda impede o partido dele, PSB, de apoiar nacionalmente a candidatura de Ciro Gomes (PDT) ou a do PT, rivais de Alckmin.

Fome de leão Após o desembarque do PP de seu arco de alianças, França passou esta sexta (22) reunido com dirigentes de partidos que o apoiam. Tenta impedir que outros debandem. A traição do Progressistas atiçou o apetite por cargos de siglas que hoje estão com ele, como PHS e PRP.

Meu batalhão Levantamento feito para consumo interno e direcionamento das campanhas estaduais só com policiais militares de SP e seus familiares mostrou a força de Bolsonaro junto a agentes de segurança pública. Um total de 92% dos entrevistados disseram votar nele para o Planalto.

Autofagia Laurence Lourenço, ex-secretário de Transportes de SP preso pela Polícia Federal na quinta (21), foi quem, no comando da Dersa, levantou dados que levaram ao Ministério Público a pedir a prisão de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do órgão. Paulo amargou semanas na cadeia, mas foi solto pelo STF.

Tudo nosso Auxiliar do ministro Carlos Marun na Secretaria de Governo, o emedebista Marcelo Barbieri deve deixar seu posto para disputar a vaga de vice na chapa de Paulo Skaf (MDB) na corrida pelo governo de São Paulo.

No susto A decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, de tirar de pauta o recurso que pedia a libertação do ex-presidente Lula pegou o PT de surpresa. O partido estava mobilizando militantes para uma manifestação em frente ao Supremo na terça-feira (26), data prevista para o julgamento.

Jogada casada Fachin é muito próximo de juízes da região Sul, onde fez carreira no direito. Menos de uma hora após o TRF-4 proferir a decisão que embaçou o caminho de Lula no STF, o ministro liberou o despacho que enterrou de vez as chances deste recurso do petista.

Quase Durante a tarde, um ministro do STF apostou que havia maioria já formada na Segunda Turma da corte para transferir Lula da carceragem da PF para a prisão domiciliar.

Amigo do rei O secretário-executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves, deu uma canetada para liberar recursos para eventos em quatro municípios que estão no mapa eleitoral de seus padrinhos políticos. A decisão causou forte polêmica na pasta.

Amigo do rei 2 Segundo os relatos, a área responsável desaconselhou os repasses que somam pouco mais de R$ 1 milhão, mas Alves interveio e avalizou a liberação. Procurado, o ministério apenas disse que “as propostas para os municípios citados encontram-se em fase de análise, como determina a legislação”.

Visita à Folha Dyogo Oliveira, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), visitou a Folha nesta sexta-feira (22), onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Eliane Lustosa, diretora de Investimento, Fátima Farah, chefe de gabinete da presidência, e Carla Simões, assessora.


TIROTEIO

Essas atitudes fazem as pessoas não acreditarem na política. Bola para frente. Quem conhece rejeita o Doria

Do deputado estadual Caio França (PSB-SP), sobre o PP ter revogado acordo com o pai dele, governador Márcio França, para apoiar o PSDB