Homenageado, Moro ocupou camarote real em Mônaco; convite foi vendido a mil euros
De excelência a alteza Homenageado na quarta edição do Brasil Mônaco Project, no último fim de semana, Sergio Moro foi recebido com honrarias no principado. O juiz assistiu a um concerto no camarote real da Opera Garnier, no cassino Monte Carlo, ao lado do príncipe Albert 2º. Depois, participou de jantar e prestigiou um leilão beneficente. O evento tem o apoio da realeza e já reverenciou personalidades como o ex-jogador Ronaldo. Convites para participar do ato foram vendidos por €1.000,00.
Dona da festa A organizadora do evento é Luciana de Montigny, mulher do cônsul de Mônaco. Um vídeo com detalhes da noite de homenagem a Moro foi postado nas redes sociais. Segundo convidados, os recursos arrecadados seriam destinados a uma fundação chamada “Butterfly”.
Meu rei Moro aparece em diversas imagens. No jantar, foi acomodado na mesa principal, quase de frente ao príncipe. Algumas obras do leilão foram arrematadas por mais de € 20 mil. Em um breve discurso, o juiz agradeceu a contribuição das autoridades do principado com a Lava Jato.
Laços Em 2015, os investigadores deflagraram a operação Conexão Mônaco e prenderam o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada. Ele e outros dirigentes da estatal tinham dinheiro no paraíso fiscal.
Convocatória A PF intimou Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL e líder do MTST, a prestar depoimento na quinta (7). Ele vai falar sobre o inquérito que investiga a ocupação por integrantes de seu movimento do tríplex no Guarujá (SP), após a prisão do ex-presidente Lula.
Agente oculto Em abril, um grupo de sem-teto ocupou por horas a cobertura do imóvel atribuído ao petista. Boulos, que não esteve no tríplex naquela manhã mas manifestou apoio ao ato, diz ver tentativa de intimidar o movimento.
Ir e vir O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decide nesta terça (5) se a Justiça pode determinar o bloqueio de documentos como passaporte e carteira de motorista para pressionar réus inadimplentes a regularizar seus débitos.
Ir e vir 2 O tema é polêmico e divide magistrados. Dois ministros da corte já autorizaram medidas do tipo.
Meu de direito Uma ex-funcionária de Bia Doria, mulher de João Doria, o candidato do PSDB ao governo paulista, tenta receber cerca de R$ 70 mil de um processo que ganhou na Justiça trabalhista. Cleide Jane Arco Iris Veras enviou carta ao político pedindo “encarecidamente” o pagamento do valor devido.
Meu de direito 2 “Ganhei o processo em todas as instâncias, ocorre que ele vem se arrastando”, escreveu. Cleide menciona que a Justiça determinou a penhora de um Di Cavalcanti. A mulher de Doria contesta a indenização e a venda do quadro, que diz ser do ex-prefeito. O caso está no Tribunal Superior do Trabalho.
Separação de bens O advogado de Bia Doria, Nelson Wilians, afirmou que João Doria não é parte no processo e que sua cliente “já está em tratativas com a reclamante para a quitação dos valores”.
Cada um na sua O consórcio capitaneado pelo DEM e pelo PP junto a outros partidos do centrão pode se dividir já em São Paulo. Parte da cúpula do Democratas quer apoiar Doria na eleição. Os pepistas, por sua vez, simpatizam mais com o nome do governador Márcio França (PSB).
Sem consenso Doria ofereceu a vaga de vice para o DEM, que pode ainda lançar o apresentador José Luiz Datena como um dos candidatos da chapa com o PSDB ao Senado. Ainda assim, a sigla não conseguiu bater o martelo. Os próximos dez dias devem ser decisivos.
Visita à Folha O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, visitou a Folha nesta segunda (4), a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Maurício Moura, diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania, e Gustavo Paul, assessor de imprensa.
TIROTEIO
Deve-se analisar a prisão em segunda instância além das alas da Papuda e de Benfica. Antecipar culpa pode trazer injustiça
De Davi Depiné, defensor público-geral de SP, sobre dados que apontam que o TJSP prendeu quase 14 mil após a autorização do STF