Funaro consegue liminar e Justiça de São Paulo determina bloqueio de bens da Eldorado Celulose

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A Justiça de São Paulo acatou em parte um pedido de liminar da defesa de Lúcio Bolonha Funaro e mandou bloquear nesta terça (1) os bens da empresa Eldorado Celulose, controlada pelo grupo J&F, até o limite de R$ 44,7 milhões.

A determinação da juíza Luciana Bassi de Melo responde à solicitação feita pelos advogados do corretor na segunda-feira (31). No processo, Funaro cobra R$ 44 milhões da Eldorado por serviços que diz ter prestado na obtenção de um empréstimo de R$ 940 milhões com FI-FGTS junto à Caixa, em 2012. 

A defesa do operador solicitou ainda o bloqueio de todos os bens da J&F e o impedimento da venda de ativos do conglomerado dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que está se desfazendo de boa parte dos seus negócios. Os advogados argumentaram que o bloqueio é necessário para garantir que haja dinheiro para pagar o valor que o corretor reivindica.

Na decisão, a juíza acatou em parte a argumentação e entendeu ser suficiente bloquear os bens da Eldorado sem estender os efeitos da liminar para outras empresas da J&F.

O escritório Alexandre Jaguaribe Advogados Associados, que defende Funaro, ingressou com a ação de cobrança do montante no dia 20 de junho.

O empréstimo em questão foi apontado por delatores como pano de fundo para o pagamento de propinas pela J&F ao operador e ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Funaro alega ter prestado serviços lícitos à empresa.