Entidade patronal, CNI fará campanha pela reforma da Previdência

Painel

 

Chegou a cavalaria A CNI (Confederação Nacional da Indústria) decidiu fazer uma campanha para que os patrões das 300 mil empresas que estão sob seu guarda-chuva repassem a cerca de 10 milhões de empregados informações sobre a necessidade da aprovação da reforma da Previdência e de novas regras para a aposentadoria. “O empregador precisa conscientizar o funcionário de que, se não houver mudança, não vai ter o que receber no futuro”, diz o presidente da entidade, Robson Andrade.

Reforço.com A instituição também vai lançar propaganda pela reforma nas redes sociais. Nas últimas semanas, fez reuniões para afinar o discurso sobre as mudanças que defenderá na internet. A ofensiva patronal pode dar novo fôlego a Michel Temer, que vê a resistência à proposta crescer no Congresso.

Olhe para lá Robson Andrade não esconde que aposta nas medidas prometidas pelo governo Temer para melhorar o ambiente econômico e diz que alterar as regras para a aposentadoria é preciso porque, “se nada for feito, daqui a alguns anos, podemos virar uma Grécia”.

Faro O advogado Antônio Figueiredo Basto, um dos primeiros a apostar no filão das delações, está de olho no mercado fluminense, onde a Lava Jato avança a passos largos. Como cartão de visita aos encrencados no Rio, tem o já firmado acordo dos irmãos Chebar, operadores do ex-governador Sérgio Cabral.

Bons sonhos Cerca de 400 delegados da Polícia Federal se reunirão nesta semana, de segunda (20) a quinta-feira (23), no congresso bienal da categoria, em Santa Catarina. Um dos organizadores brincou que Brasília vai conseguir dormir melhor com a notícia, que indica uma pequena pausa nas operações.

A seco A comitiva que irá com Lula à transposição do São Francisco, neste domingo (19), respirou aliviada ao saber que ele acatou conselho para não entrar nas águas, como pretendia fazer. Havia temor do gesto ser visto como mau exemplo.

Cadê? Líderes de movimentos que organizaram o ato contra a reforma da Previdência, em São Paulo, na última quarta (15), se queixaram de que o engajamento da Frente Povo Sem Medo, encabeçada pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), foi menor em comparação com os protestos de 2016.

Me dê motivos Dentro dos movimentos, a explicação é que a frente, liderada por Guilherme Boulos, tende a se distanciar deste tipo de evento à medida que Lula os aproveita para se firmar como candidato ao Planalto em 2018. O grupo tem laços com o PT, mas também tem alas ligadas a outras siglas, como o PSOL.

Até parece A Frente do Povo Sem Medo nega que tenha se engajado menos na organização do ato e diz que apenas o MTST, maior entidade do grupo, levou 25 mil pessoas à avenida Paulista.

Alma do negócio O prefeito João Doria (PSDB-SP) contou a auxiliares que o presidente da rede de fast-food com a qual firmou parceria para lançar o programa Trabalho Novo se animou tanto com a repercussão do evento que estuda dobrar o número de vagas abertas ao projeto. Doria se empenhou. Usou até boné com a logomarca.

Está demais Souza Santos (PRB), vereador da base de Doria na Câmara Municipal, se irritou com a intromissão do Executivo na Casa. Diz que o líder do governo, Aurélio Nomura (PSDB), sugeriu que só projetos que tivessem aval do prefeito fossem votados. “Eu sou aliado, mas alienado jamais”, rebateu.

Irrelevâncias O vereador do PRB defende que os projetos sejam colocados em votação mesmo que seja para Doria vetá-los depois. “Se o governo gosta ou não da proposta, é problema dele. Senão a gente só vota denominação de rua”, disse.


TIROTEIO

Depois jogar o Brasil na vala da corrupção e levar 13 milhões ao desemprego, Lula se apresenta como exorcista da sua maldição.

DO DEPUTADO FEDERAL SILVIO TORRES (PSDB-SP), sobre a ofensiva de Lula para disputar a Presidência da República nas eleições de 2018.


CONTRAPONTO

Esse cara sou eu

Presidente da Comissão de Agricultura do Senado, Ivo Cassol (PP-RO) parabenizou nos microfones da Casa seu conterrâneo e colega de plenário Valdir Raupp (PMDB-RO) por ocupar a vaga de vice no colegiado.

— A população de Rondônia tem, neste momento, na comissão, o senador do povo do Estado de Rondônia, Ivo Cassol, como presidente, e o senador Valdir Raupp como vice — disse Cassol, falando de si na terceira pessoa.

— Mas eu sou do povo também! Eu sou do povo — interrompeu Raupp. Cassol tentou remendar:

— Do povo, lógico. Mas é que esse é o meu slogan, a minha marca como parlamentar.