Comissão da reforma prisional de Temer vai atuar na implementação do Plano Nacional de Segurança
Parlatório A comissão para reformar o sistema penitenciário prometida por Michel Temer durante a semana como uma das saídas para a crise terá três eixos de atuação. O decreto, publicado nesta quinta (19), prevê que o grupo, com 24 integrantes, fiscalize a implementação do Plano Nacional de Segurança, analise dados de prisões e proponha novos modelos. Embora protagonizada pela Justiça, o colegiado terá conexão direta com a Casa Civil para agilizar a execução das proposições.
Misturado O grupo vai ter representantes que vão do GSI (Segurança Institucional) à OAB. “É um tratamento da questão por todos os ângulos”, diz o ministro Alexandre de Moraes (Justiça).
Crise? Que crise? Um ministro da cozinha de Michel Temer avalia que a decisão de disponibilizar as Forças Armadas aos Estados conseguiu direcionar o foco do problema para fora do palácio. “Não há que se falar em crise dentro do Planalto”, diz.
Pense bem Aliados de Rodrigo Maia (DEM-RJ) tentam convencer o presidente da Câmara de que abrir espaço para o PT na Mesa não é importante apenas para vencer a disputa, mas pode ser fundamental para que tudo caminhe bem no Legislativo.
Mais que isso Com o PT ao seu lado nas eleições, as relações internas correriam melhor durante todo o ano, o que poderia arrefecer a pressão de governadores do partido e das bases ligadas à sigla.
Errou a mão O deputado Izalci Lucas, que entrou na disputa pela indicação do PSDB para concorrer à segunda-vice da Câmara, não começou bem. Incluiu na carta de apresentação que o posto pode lhe ajudar na eleição do governo do DF em 2018.
Gongado Ter colocado um “projeto pessoal” à frente dos interesses da bancada não foi bem visto pelos pares.
Sansão Sem apoio nem do próprio partido para disputar a presidência do Senado, José Medeiros (PSD-MT) vai conversar com Temer nesta quinta (19), depois de ouvir do favorito, Eunício Oliveira (PMDB-CE), argumentos em favor da candidatura única.
Dalila “Ele pode falar com o Temer, com o papa. Quem toma as decisões é o partido”, reagiu o líder do PSD, Omar Aziz (AM), que disse não ter sido avisado da candidatura.
A união faz a força As seis maiores centrais sindicais se reúnem na sexta-feira (20) para, pela primeira vez, traçar um plano de ação conjunto contra a reforma da Previdência de Michel Temer.
Ocupar e resistir Dois atos estão em pauta: ida ao Congresso no início de fevereiro para apresentar uma contraproposta ao presidente da Câmara e uma manifestação ainda no começo do ano.
De gota em gota Os Correios conseguiram, na abertura de seu plano de demissão incentivada, a adesão de cerca de 360 servidores — a estatal espera até 8.000 mil cortes ao final do programa.
Morre na praia As negociações do PR com Geraldo Alckmin para que Antonio Carlos Rodrigues assuma a Secretaria de Transpores e turbine o arco de alianças do tucano podem naufragar.
Nem vem O ex-ministro de Dilma Rousseff já enviou sinais ao Bandeirantes de que não aceitará uma secretaria esvaziada. Hoje, duas das principais estruturas da pasta — Artesp e Dersa –, estão sob o controle do secretário de Governo, Saulo de Castro.
Estou aqui Na retomada de sua agenda política em 2017, Dilma Rousseff participará em fevereiro, em Brasília, de um encontro de mulheres eleitas pelo PT em 2016.
Made in SP A ação de João Doria para apagar grafites chegou a Porto Alegre. O prefeito Nelson Marchezan pediu um tour guiado ao correligionário tucano para conhecer o programa Cidade Linda.
TIROTEIO
Ao pedir que o STF decida quem pode ser candidato a presidente da Câmara, os deputados procuram a tutela de outro Poder.
DO DEPUTADO ORLANDO SILVA (PC do B-SP), criticando o colega André Figueiredo (PDT-CE) por ter ido ao Supremo contra a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
CONTRAPONTO
À la chofer
O ex-vereador paulistano Andrea Matarazzo (PSD) chegou dirigindo seu próprio carro à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), nesta quarta-feira (18), onde teria um almoço.
Enquanto Matarazzo esperava a porta do estacionamento abrir, um homem engravatado se aproximou e bateu no vidro do carro:
— O sr. é o Uber que chamei? — perguntou.
Matarazzo, herdeiro de uma das famílias mais tradicionais de São Paulo, não titubeou:
— Ainda continuo industrial, mas, do jeito que as coisas estão indo, vou acabar virando motorista mesmo.