Governo quer parceria com TCU para evitar questionamentos a acordos de leniência

Painel

Jogo casado Em meio à polêmica sobre as responsabilidades para firmar acordos de leniência, o governo faz um aceno ao Tribunal de Contas da União. Busca um entendimento com o órgão para incorporá-lo, por meio de um acordo de cooperação, às tratativas tocadas pela Advocacia-Geral da União e pelo Ministério da Transparência. A ideia é que todo o processo seja acompanhado por ministros ou técnicos do TCU e validado ao final de cada uma das quatro etapas — e não só depois de concluído.

Quero mais A intenção no governo é estender a parceria também ao Ministério Público, mas o órgão, por ora, ainda apresenta resistências.

Via livre Uma das preocupações é que, sem isso, os acertos firmados pelo Executivo acabem contestados ou vetados. A ideia seria padronizar os trâmites para que houvesse um “acordo de Estado”, segundo um ministro.

Novo queridinho Há no Planalto quem queira pedir ao chanceler José Serra uma premiação ao diplomata e ex-titular da Cultura, Marcelo Calero, por ter feito as denúncias que apearam o então ministro Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo.

Cara a cara Se o peemedebista ainda estivesse no Planalto, a operação da PF desta sexta (13) teria mandado a crise de volta para o palácio.

Lenha na fogueira A disputa pela estrutura da Secretaria de Governo tem potencial de aumentar os atritos entre PSDB e PMDB. Os tucanos, que assumirão a pasta, não querem ser “tutelados” pelos atuais inquilinos.

Com calma Já os peemedebistas, principalmente os da Câmara, não aceitam que os auxiliares de Geddel deixem a pasta ou mesmo sejam “rebaixados” no ministério.

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Ôôô, Barbosa O comboio que transportava Michel Temer em São Paulo nesta sexta-feira (13) tomou um susto. Um carro quase se chocou contra o grupo. O curioso é que o veículo era do próprio governo: tratava-se de uma equipe da EBC à caça do presidente.

Menos é mais A estratégia de Jovair Arantes (PTB-GO) de mirar o baixo clero e tentar repetir o folclórico Severino Cavalcanti esbarra em dois pontos: há 12 anos, dois candidatos disputavam os mesmos votos — hoje, Rodrigo Maia (DEM-RJ) não tem rival dentro do próprio grupo.

Igual, mas diferente Na ocasião, também não houve formação de blocos partidários para a disputa de cargos na Mesa, o que deixou os deputados mais livres para se posicionarem como queriam.

Nós contra eles Candidato à presidência do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) recebeu telefonema curioso: Cristovam Buarque (PPS-DF) disse que o voto no peemedebista era inviável porque ele não rompera publicamente com Renan Calheiros.

A fila anda Depois de um silêncio, Eunício caiu na risada. Disse que a candidatura era para unir, não para dividir.

Meu lugar Em mais uma sinalização de que está disposto a assumir o comando do PT, o ex-presidente Lula participará da reunião do Diretório Nacional do partido na sexta (20). O petista também é esperado no encontro da Executiva no dia anterior.

Camarada Na semana em que sofreu críticas de seu próprio partido, o PSDB, Samuel Moreira, chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin, recebeu afago do governador.

Sinal verde Em evento com deputados federais, nesta sexta (13), Alckmin disse que Moreira era a “eminência parda” de seu governo. “Manda para caramba!”, repetiu.

Fui por aí A Câmara de Embu das Artes (SP) derrubou a lei que obrigava o prefeito eleito Ney Santos (PRB) a se apresentar para a posse até o dia 10 de janeiro. Na quinta (12), o TSE autorizou sua diplomação, embora Santos esteja foragido há um mês.


TIROTEIO

O problema do 13 não é quando cai numa sexta-feira, mas sim quando é digitado na urna. Aí sim é devastador.

DO SENADOR JOSÉ ANÍBAL (PSDB-SP), presidente do Instituto Teotônio Vilela, sobre o número do PT nas eleições e a primeira sexta-feira 13 de 2017.


CONTRAPONTO

Perde o amigo, mas não a piada

O PTB de São Paulo reuniu nesta sexta-feira (13) políticos paulistas em um café da manhã de apoio a Jovair Arantes (PTB-GO), candidato à presidência da Câmara.

O encontro, comandando pelo presidente do partido no Estado, Campos Machado, contou com a presença de Roberto Jefferson, que cumpriu pena pelo mensalão e foi reabilitado após indulto do STF em março.

Em seu discurso, Jovair aproveitou a presença do correligionário para fazer troça:

— Quero ouvir o meu presidente, Roberto Jefferson. Ele deve estar com saudades de fazer um bom discurso perto de outros deputados!