Massacre em presídio abre crise entre governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus
Samba do eu sozinho A chacina no presídio Anísio Jobim (AM) abriu também uma crise entre o governo estadual e a Prefeitura de Manaus, liderados por rivais políticos locais. A cúpula da administração municipal, do prefeito Arthur Virgílio (PSDB), queixa-se de receber informações desencontradas do Estado e afirma que a estrutura colocada à disposição para conter a crise foi recusada pelo governador José Melo (Pros) — que já havia dispensado a Força Nacional oferecida pelo Ministério da Justiça.
Nem vem Secretário de Administração Penitenciária de SP, Lourival Gomes repudia a possibilidade de conflitos em presídios locais depois do massacre em Manaus: “Os que falam isso parecem torcer para que aconteça, mas sem qualquer embasamento”.
Oito ou oitenta Nas contas tanto de alguns aliados de Rodrigo Maia quanto nas de seus rivais, se o atual presidente não conseguir a reeleição no primeiro turno corre o risco de perder no segundo.
Recordar é viver O grupo do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) torce e trabalha para que o candidato consiga reeditar o “efeito Severino Cavalcanti”: arrume votos de todo o baixo clero, independentemente do partido.
Cavalheirismo Arantes e Rogério Rosso (PSD-DF) acenam com uma espécie de acordo velado: quem estiver mais bem posicionado às vésperas da disputa pode ser o candidato único do grupo.
Verão passado O Planalto fala em repetir com a reforma da Previdência a operação de guerra que foi montada na PEC do teto de gastos. Vai colocar a equipe econômica à disposição dos parlamentares para exortá-los a defender as mudanças a seus eleitores.
Território Parte do PMDB quer melar a indicação do tucano Antonio Imbassahy para o ministério da articulação política de Temer. “É tanto cargo importante com o PSDB que, já já, não governamos mais”, reclama um cacique.
Minha Casa Caso não consigam reverter a indicação de Imbassahy para a Secretaria de Governo, peemedebistas tentarão ao menos segurar cargos da pasta para que o aliado não controle toda a hierarquia do órgão.
Minha Vida O ministério comanda a totalidade dos postos federais a serviço das indicações políticas de aliados.
Ajudinha Os movimentos da Via Campesina, liderados pelo MST, farão uma série de protestos espalhados pelo país para pressionar os prefeitos a se posicionarem contra a reforma da Previdência.
Roda Líderes dos grupos sociais querem convencê-los de que a reforma terá “forte impacto” nas economias municipais ao retirar recursos das famílias para o consumo.
Fica a dica Fiscais da Prefeitura de SP foram ao Sindicato dos Comerciários e sugeriram que o cartaz gigante no prédio cobrando da nova gestão “mais emprego, saúde e qualidade de vida” fosse retirado em nome da boa convivência com João Doria.
Nem aí Os sindicalistas agradeceram a sugestão, mas disseram que o governo anterior deu autorização para que o anúncio fique exposto até o dia 15 de janeiro.
Vira, virou Embora Doria tenha insistido na campanha que não aceitaria indicações políticas, vereadores têm conseguido emplacar aliados nas prefeituras regionais.
Lupa A maioria dos funcionários exonerados por Fernando Haddad em sua última semana de governo era ligada à corrente Novo Rumo, do PT, a mais crítica à sua gestão.
Em nome da fé Do ministro Marcos Pereira (PRB), sobre o correligionário e prefeito do Rio, Marcelo Crivella, ter citado Deus sete vezes em seu discurso de posse: “Numa cidade cujo símbolo máximo é o Cristo Redentor, Crivella citar Deus não deveria ser motivo de espanto”.
TIROTEIO
Se João Doria decidir instituir a multa por factoide, o caixa da Prefeitura vai aumentar imediatamente.
DO VEREADOR ANTONIO DONATO (PT), ironizando a decisão do prefeito de estabelecer uma multa para secretários que chegarem atrasados a reuniões.
CONTRAPONTO
Quase parando
Em meio à disputa pela presidência da Câmara, um jornalista resolveu perguntar ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se o colega Antonio Imbassahy (PSDB-BA) estava ansioso por virar ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer — os dois congressistas haviam se encontrado minutos antes.
— A reunião foi para acalmar Imbassahy? — indagou o repórter, tentando confirmar a informação de que o tucano estaria aflito por não ter sido nomeado até agora.
O presidente da Câmara teve de sair pela tangente:
— Se eu acalmar o Imbassahy, ele acaba dormindo, porque já é muito calmo — rebateu Maia sobre o amigo.