Em ano de crise, funcionários de cemitérios e funerárias têm o maior reajuste salarial

Painel

2016, né? Não foram muitas as categorias que conseguiram aumento real de salário neste ano. Dentre os que lograram reajuste acima da inflação, os campeões foram os trabalhadores de cemitérios e agências funerárias. O setor teve ganhos salariais maiores que os profissionais de confecções, que ficaram em segundo, e de bancos e serviços financeiros, que vieram em terceiro. O levantamento foi feito pela Fipe e contempla as convenções e os acordos firmados nos doze meses findos em novembro.

Na lanterna As três categorias com pior desempenho no ranking de reajuste foram: indústria do vidro, extração e refino de petróleo e empresas jornalísticas. Os dados são do projeto “Salariômetro”.

Levantou poeira Em novembro do ano passado, a liderança foi ocupada por limpeza urbana e conservação. Segundo Hélio Zylberstajn, professor da FEA-USP e coordenador do projeto, com a crise, as prefeituras cortaram o reajuste desses profissionais.

Quem pode mais… Para evitar disputas, o PMDB decidiu distribuir as presidências das comissões a que tem direito na Câmara pelo tamanho das bancadas estaduais. Minas ficará com a de Constituição e Justiça. O indicado será Rodrigo Pacheco.

Deu praia Os outros dois Estados com direito a indicação serão Rio, que pode ficar com Transportes ou Ciência e Tecnologia, e Santa Catarina, com Turismo ou Agricultura.

Conjunto fechado O MEC recebeu sinais de que o inquérito sobre o vazamento de provas do Enem, cuja conclusão é esperada para janeiro, deve apontar que o problema ficou restrito a cerca de 20 pessoas e não comprometeu o resultado do exame.

Te aquieta, 01 Ficou famoso no Cade o dia em que um integrante do conselho teve de intervir na animação da turma durante uma operação de busca e apreensão.

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Calma lá É que um novato levava para fora da empresa um monitor — e não apenas o HD, que guarda os dados.

Dilatou O governador Geraldo Alckmin deu uma “colher de chá” para seus secretários: deixou que novas despesas fossem empenhadas até o dia 2 de dezembro.

Arrocho Fazia tempo que o tucano vinha encolhendo o prazo para lançar despesas novas. Em 2012, o ano “terminou” em 14 de dezembro. No ano seguinte, em 6 de dezembro. Em 2014, em 28 de novembro. No ano passado, no dia 13 de novembro.

Que fase Um aliado de João Doria já enumera os desafios que virão nas primeiras semanas da nova administração: crise no Theatro Municipal, estragos com as chuvas de verão e gestão dos blocos de carnaval — que pularam de 300 para 500.

Telemarketing Decidido a se reeleger no comando do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf entrou em campanha. Pediu a aliados que façam ronda nos sindicatos para se certificar de que terá apoio.

Vira, virou Recentemente, Skaf convenceu os associados a aprovar uma mudança no estatuto permitindo sua reeleição por mais um mandato. Ele está na presidência do Ciesp desde 2004.

Essa já foi Integrantes do governo dão como perdida a batalha do Brasil na OMC (Organização Mundial do Comércio) no caso dos programas com incentivos fiscais.

Rolando Lero A ordem é ganhar o máximo de tempo enquanto se pensa o que se colocará no lugar das medidas questionadas. Sete programas da política industrial foram vistos como ilegais.

Olha a muralha O Itamaraty vem monitorando o aumento das medidas protecionistas em outros países. O Egito chamou atenção recentemente. Para amenizar a crise econômica, o país aumentou tarifas de 320 produtos.


TIROTEIO

Ironia do destino: foram 13 anos de PT, mas quem vai legalizar a comissão de fábrica como queria a CUT é o governo Temer.

DE JOÃO CARLOS GONÇALVES, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, sobre dispositivo da minirreforma trabalhista apresentada por Michel Temer.


CONTRAPONTO

Não foi isso que eu ouvi

Marqueteiro do PMDB, Elsinho Mouco terminava de almoçar num restaurante paulistano quando um conhecido o avistou e parou para cumprimentá-lo. Após trocarem amenidades, decidiu apresentar o publicitário a um executivo que lhe acompanhava:
— Esse é o Elsinho Mouco. Foi ele quem criou a marca do governo Michel Temer — disse, com sorriso no rosto, tentando caprichar na introdução do marqueteiro.
O executivo logo franziu o cenho. Diante da apresentação, rebateu, com cara de confuso:
— Ué, mas não foi o Michelzinho o autor? — perguntou, referindo-se ao filho do presidente.