João Doria está montando assessoria religiosa para Prefeitura de São Paulo

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Andar com fé eu vou A gestão João Doria está montando uma assessoria religiosa. Geraldo Malta, da Assembleia de Deus, e Luciano Luna, da Poderoso Deus, que coordenaram o grupo evangélico na campanha tucana, dizem que farão a interlocução do município com igrejas e auxiliarão em programas sociais. Doria visitou no fim de semana as Assembleias de Deus de São Mateus e do Brás, dos pastores Deiró de Andrade e Samuel Ferreira, para agradecer os votos recebidos durante a corrida eleitoral.

Não costuma faiá Não se sabe se a equipe ficará lotada no gabinete do prefeito ou em uma secretaria. A dupla se reúne nesta quarta-feira (21) com Julio Semeghini, futuro secretário de Governo.

Todos os santos Doria sempre elogia a atuação de denominações religiosas em ações voltadas a pessoas em situação de rua, por exemplo — cita as evangélicas, católicas e as de matriz africana.

Ah, os tucanos Presidente do PSDB de SP, Pedro Tobias chamou reunião da Executiva estadual para discutir a prorrogação do mandato. Para marcar posição contra Aécio Neves — reconduzido ao comando nacional do partido –, defenderá nova eleição.

Coisa nossa Tobias rechaça a hipótese de Geraldo Alckmin deixar o partido: “Não existe outro lugar para ele que não o PSDB. Aqui é a militância quem decide, não a cúpula. Alckmin será nosso candidato a presidente”.

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Precisa de lupa A Promotoria eleitoral de SP enviou recomendação a todos os partidos para que, no próximo pleito, fiquem atentos ao intérprete de libras e aumentem os tamanhos das legendas nas propagandas de TV.

Plano de metas Renan Calheiros não tem ambições de assumir o comando da Comissão de Constituição e Justiça do Senado quando voltar à planície, como foi ventilado.

Estou no jogo Seu objetivo é liderar a bancada do PMDB na Casa — cargo que o manterá no controle de todas as articulações relevantes.

Vai por mim A um grupo de investidores nesta segunda-feira (19), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi definitivo: “Antônio Imbassahy será ministro. É só uma questão de tempo e de acerto com os partidos. Ele já foi convidado.”

I have a plan Nos bastidores, Michel Temer revela sua estratégia a auxiliares próximos: anuncia Imbassahy no cargo em 2 de fevereiro, data da eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.

Só no sapatinho Mas se, no fim de janeiro, o clima na base aliada já estiver minimamente pacificado, o presidente da República publica antes a nomeação do novo ministro no “Diário Oficial”.

Guardei na nuvem Um procurador da Lava Jato achou por bem esclarecer — para que não tentem destruir o cofre do STF: há back-up dos mais de 900 depoimentos da delação da Odebrecht.

Receituário O Banco Central anuncia nesta terça a implementação do pacote microeconômico divulgado pelo governo na semana passada. A Fazenda ainda deve complementar o cardápio de ações em alguns dias com a medida do cartão de crédito.

Passa no RH Mauro Borges, presidente da Cemig, e Fabiano Pereira, diretor-financeiro, colocaram em novembro o cargo à disposição do governador Fernando Pimentel (PT-MG) contra o avanço do PMDB na estatal.

Para-raios Os postos da administração mineira viraram moeda de troca para evirar que a destituição do governador passe na Assembleia.

Quem não chora… Nas andanças pelo Congresso para defender a renegociação da dívida dos Estados, Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, explicava ao pedir votos: “Não tem problema. Sou devoto de São Pidão!”.


TIROTEIO

O PSDB precisa desde já debater prévias para 2018. Isso nada tem a ver com estimular o conflito interno. É pelo fim do caciquismo.

DE VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP), aliado de Geraldo Alckmin, defendendo que tucanos passem por uma disputa interna para definir seu candidato ao Planalto.


CONTRAPONTO

Velha roupa colorida

A proposta de convocação de uma Assembleia Constituinte foi defendida por Gilberto Kassab em 2011, durante o lançamento de seu partido, o PSD.

Kassab apresentou o que chamou de “Manifesto à Nação” e anunciou “com orgulho” que o PSD preparava um projeto para eleger em 2014 parlamentares constituintes.

— Dirão que não é o momento, que é inconstitucional, que é impossível. Impossível é conviver com remendos constitucionais e improvisações oportunistas.

E emendou, atualíssimo:

— O Brasil está travado em discussões viciadas ora pelo fisiologismo, ora pelo corporativismo.