Crivella pode ser a aposta de líderes evangélicos para disputa presidencial de 2018

Ponte para o futuro Após a vitória no Rio, Marcelo Crivella pode ser a aposta de líderes evangélicos para a disputa presidencial de 2018, nem que seja para testar seu nome no eleitorado nacional. “Chegará o momento em que o Brasil terá um presidente evangélico. É natural”, diz o bispo Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e coordenador de candidaturas pentecostais e neopentecostais de diferentes denominações para formar a base desse projeto político.

Test drive Robson Rodovalho acompanhou 100 candidatos evangélicos, entre prefeitos e vereadores, e elegeu 62 deles. “Hoje Universal e Assembleia de Deus caminham juntas em nome de um projeto maior.”

Multiplicai-vos O bispo começa a desenhar plano semelhante para o Congresso, em 2018. Quer chegar a pelo menos 150 parlamentares. “O projeto de poder é sermos representados e que vejam que a igreja evangélica tem como contribuir com grandeza e altruísmo.”

Melhor não Dirigentes do PT começaram a defender de forma mais enfática, nos bastidores, que o partido cumpra seu código de ética e expulse os condenados pela Justiça como passo para a renovação do partido. Lulistas, porém, são contrários à medida.

Faça o que eu digo Lula é réu na Lava Jato e seus aliados esperam uma condenação do ex-presidente pelo juiz Sérgio Moro em breve, o que criaria uma jurisprudência para o chefe petista.

Forasteiro Os altos índices de votos brancos e nulos alarmaram o Planalto. Assessores presidenciais avaliam que o eleitor colocou o sistema político em dúvida. O que se desenha é que alguém de fora do establishment vai se viabilizar para 2018.

Na maionese A tese de parte do governo federal sobre alguém de fora para as eleições presidenciais ecoa entre petistas, que já arriscam nomes. Alfinetam que a “República de Curitiba” tem projeto de poder com Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.

Ri por dentro O Palácio do Planalto comemorou a derrota do PMDB, partido de Temer, em um caso específico: Porto Alegre. Sebastião Melo estava fazendo uma campanha de críticas à PEC do teto de gastos para tentar atrair votos da esquerda gaúcha.

Ciumeira Advogados da equipe de defesa de Eduardo Cunha ameaçam abandonar o barco. Dizem que estão sem receber desde o bloqueio dos bens do peemedebista. Há, ainda, incômodo com a contratação de Marlus Arns, especialista em delação.

A hora e a vez A Advocacia-Geral da União quer publicar esta semana portaria para regulamentar a lei de leniência, com novas regras para celebrar os acordos.

Também quero! O objetivo é estabelecer participação da AGU desde o início do processo e não apenas como um órgão revisor.

Calma, cocada A área técnica da Casa Civil, porém, acredita que esse não é um bom momento para a portaria e que, após os problemas com o acordo de leniência da SBM, é melhor ter cautela.

Memória RAM Um amigo e ex-colega de partido elogiou Ciro Gomes (PDT-CE), chamando-o de inteligente e bom quadro político. “Parece uma máquina”, disse.

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Mas vai travar “Para nossa sorte, pois estamos em projetos presidenciais opostos, ele é uma máquina que já vem com vírus”, completou, ironizando o estilo pavio curto do pedetista.

Aí vou eu Depois de eleger o pupilo em São Paulo e ampliar seu domínio eleitoral no interior paulista, Geraldo Alckmin (PSDB) embarca na quinta (3) para Buenos Aires, onde vai ser recebido pelo presidente Mauricio Macri. O governador vai liderar comitiva de 120 empresários.


TIROTEIO

A eleição de Crivella no Rio foi a vitória do conservadorismo disponível. Não daquele desejável pelo eleitor.

DE JORGE CUNHA LIMA, coordenador da campanha Diretas Já, sobre a vitória de Marcelo Crivella (PRB) para a Prefeitura do Rio de Janeiro.


CONTRAPONTO

Sonho meu

Integrantes da comitiva do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ao Azerbaijão, os deputados Heráclito Fortes (PSB) e Rogério Rosso (PSD) surpreenderam-se ao entrar no escritório das Relações Exteriores do país.

Diante de um conjunto de lâmpadas antigas e reluzentes, Rosso brincou com o colega e perguntou o que ele faria se, como o personagem Aladdin, tivesse direito a apenas um pedido.

Heráclito estufou o peito e soltou:

— Que o PT fique um século sem voltar ao poder!

Os aliados do presidente Michel Temer, satisfeitos com a derrocada do partido, caíram na gargalhada.