FHC, Aécio e José Aníbal entram na campanha de TV de Doria para evitar fortalecimento de Alckmin

Homens a bordo Depois de muita resistência em embarcar na campanha do candidato de Geraldo Alckmin em SP, três dos principais caciques do PSDB decidiram gravar para o programa de TV de João Doria. Com o crescimento do empresário na disputa, o trio — formado por Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves e José Aníbal — adotou o discurso da unificação. Havia o risco de o grupo se ver alheio a uma candidatura viável na maior cidade do país e acabar fortalecendo demais o governador.

Uni-vos Aécio foi o primeiro a gravar. Depois, articulou os vídeos dos demais aliados.

Panos quentes Meses atrás, Aníbal acionou o Ministério Público contra Doria por suposto abuso de poder econômico. Ele explicou assim a decisão de apoiar o candidato: “Sou um cara de partido. Não apoiaria um nome de fora”, disse o senador tucano.

Na trave As empreiteiras da Lava Jato suaram frio com a ameaça da Câmara de anistiar o caixa dois. Como parte do esquema está ancorado em doações eleitorais ilícitas, o perdão ao crime levaria investigadores a perder o interesse nas delações.

A jato O plano era aprovar a medida na Câmara, encaminhá-la ao Senado se possível no mesmo dia e sancioná-la antes do retorno de Michel Temer dos EUA — a assinatura da lei caberia a Rodrigo Maia, presidente interino.

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Mãos ao alto! Um líder do centrão assim definiu a armação dos principais partidos da Câmara para perdoar o caixa dois: “Foi uma tentativa de assalto, só que mal feita”.

Ironia do destino A articulação de Eduardo Cunha para escolher o presidente da Comissão de Constituição e Justiça no início do ano se voltou contra o feiticeiro.

Muy amigo Osmar Serraglio (PMDB-PR), eleito com apoio de Cunha, acabou votando por sua cassação. Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), apeado da disputa pelo então presidente, hoje é o novo inquilino do gabinete 510, ocupado por Cunha até dias atrás.

Entourage No cargo de presidente da República, Rodrigo Maia assinou portaria concedendo a Dilma Rousseff uma equipe de oito auxiliares — entre assessores, motoristas e seguranças.

Bate cabeça O Planalto tem notado alguns desacertos entre André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara, e a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), líder de Michel Temer no Congresso.

Vacas magras No anúncio de seu novo plano de negócios, que corta em 25% os investimentos nos próximos cinco anos, a Petrobras substituiu o tradicional bufê com brownie, pão de queijo, refrigerantes e sucos por uma mesa espartana com água e café.

Racionamento Depois que Geraldo Alckmin decretou o fim da crise da água, a Sabesp está revendo seu contrato de comunicação, que hoje é de cerca de R$ 400 mil.

No teto A empresa paulista de saneamento pretende ir ao limite do que é permitido por lei — redução de 25%.

Faz tudo O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), tirou férias para levar Tarcisio Secoli ao segundo turno. Sem televisão nem participação do ex-presidente Lula, coube a ele mesmo subir no carro de som para rodar a cidade.

Antes só Alex Manente, candidato do PPS à Prefeitura de São Bernardo do Campo, rejeitou o apoio do PT.

Visita à Folha Maria Silvia Bastos Marques, presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), visitou a Folha nesta terça-feira (20), a convite do jornal, onde foi recebida em almoço. Estava acompanhada de Ricardo Ramos, diretor de comércio exterior e operações indiretas, Ricardo Baldin, diretor de controladoria, e Mariza Louven, assessora.


TIROTEIO 

Marta se equivoca ao assediar candidatos a vereador do PT porque o voto útil não tem nenhum benefício para eles.

DE PAULO FIORILO (PT), coordenador da campanha de Fernando Haddad, sobre Marta Suplicy (PMDB) procurar petistas para pedir apoio no primeiro turno.


CONTRAPONTO

Pai, Filho e Espírito Santo

Em 16 de setembro, após apuração das eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o presidente Miguel Torres, reeleito, discursou:

— Quero agradecer a Geraldino Santos Silva pelo seu desprendimento, que abriu mão da vaga na executiva para que pudéssemos compor a chapa.

Passada a solenidade, os sindicalistas Paulinho da Força, Torres e Juruna, secretário-geral da central, confabulavam.

— Gostei. Você é presidente do sindicato e da confederação. Seja desprendido e me apoie para presidir a Força. Ou você vira Santíssima Trindade — disse Juruna.