‘Antes tarde do que nunca’, diz Dilma sobre cassação de Eduardo Cunha
Em sua primeira declaração sobre a cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a ex-presidente Dilma Rousseff disse à Folha, por e-mail, “antes tarde do que nunca”.
“Antes tarde do que nunca, mas os custos políticos da demora feriram a democracia brasileira com o golpe do impeachment”, afirmou Dilma sobre a atuação do algoz para detonar o processo de sua deposição da Presidência da República.
Cunha foi cassado na noite desta segunda-feira (12) por 450 votos – 193 a mais do que o mínimo necessário – por quebra de decoro parlamentar, depois de ter dito à CPI da Petrobras que não tinha contas no exterior. A fala ocorreu antes de delatores da Lava Jato revelarem a existência de dinheiro vinculado a ele em contas secretas na Suíça.
Nesta quarta (14), o peemedebista apresentou à Câmara pedido para suspender sua cassação até que o plenário decida se deveria ter havido a votação de uma pena mais branda.
A defesa de Cunha argumenta que uma questão de ordem apresentada pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) não foi sequer apreciada pelo plenário, após decisão de Maia.
Os advogados do peemedebista dizem que o plenário da Câmara é soberano e citan que, no julgamento do impeachment de Dilma, o então presidente do STF, Ricardo Lewandowski, reconheceu que a decisão sobre aceitar ou não o fatiamento da pena era do plenário do Senado.
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