Ministério Público pede esclarecimentos a Alckmin sobre oferta de cargos a partidos que apoiam Doria
Me dê motivo O Ministério Público Eleitoral solicitou esclarecimentos a Geraldo Alckmin sobre a “eventual oferta de secretarias de Estado a agremiações políticas” em troca de apoio a João Doria (PSDB) na eleição em São Paulo. O pedido é parte de um procedimento preparatório que pode resultar em uma ação contra a candidatura tucana por abuso de poder político. No ofício, a Promotoria questiona se o real objetivo das nomeações para o Meio Ambiente e o Turismo foi ampliar a aliança de Doria.
Em série O PP e o PHS assumiram as pastas pouco depois de declararem apoio a Doria. O ofício foi encaminhado na terça (6) à Procuradoria-Geral de Justiça para ser repassado a Alckmin, que não é obrigado a respondê-lo.
Outro lado Em nota, o governo de São Paulo “reitera que não há relação entre administração pública e campanha eleitoral” e diz que desconhece o teor do ofício, “mesmo porque o documento sequer chegou à sua sede”.
Cofre aberto Doria colocou na campanha R$ 834 mil de seu bolso. É três vezes o valor levantado conjuntamente por Ricardo Young (Rede), Luiza Erundina (PSOL), Major Olímpio (SD), João Bico (PSDC) e Altino (PSTU).
Quem não chora Marta Suplicy receberá, em breve, mais um aporte do PMDB. O diretório estadual deve seguir o nacional e liberar R$ 500 mil. Ela esperava mais.
MC Andrea O vereador Andrea Matarazzo (PSD) topa até rap para eleger a companheira de chapa. Em um dos programas, reclama: “Não vou ter que cantar, né?”. Mas logo entra na rima: “SP dessa vez vai fazer um golaço, vai votar na Marta 15 e no Matarazzo”.
Marinou Celso Russomanno (PRB) quer ser um candidato sustentável. Plantará árvores para compensar a emissão de CO2 na disputa pela Prefeitura de SP.
Sou free Uma empresa calculará o consumo de combustível, energia, papel e plástico pela campanha, que exibirá o “selo carbono zero”.
Com o CPF alheio O pente-fino do TSE com apoio de órgãos de controle flagrou, no Ceará, um caso em que todos os 62 empregados de uma empresa privada desembolsaram R$ 1.000 para dois candidatos rivais — cada político levou R$ 34 mil.
Pé esquerdo O centrão já avisou ao Planalto: o início do debate sobre a reforma da Previdência será todo contaminado pela campanha eleitoral. Em meio à disputa, parte da própria base ser verá obrigada a criticar a proposta.
Alô, empresários O Ministério da Indústria lançará nova etapa do programa Brasil Mais Produtivo com foco em eficiência energética. O anúncio será feito nesta quinta-feira (8) em Salvador.
Vai ter bis Movimentos que defendem a saída do presidente Michel Temer articulam dois novos protestos em São Paulo: um nesta quinta (8) e outro no domingo (11).
Teve de partir O cachorro de Dilma Rousseff, herança do ex-ministro José Dirceu, não foi abandonado. “Nego” tinha problemas de saúde e já não conseguia andar. Precisou ser sacrificado na semana do impeachment.
Figura oculta A ex-presidente Dilma Rousseff seguiu para Porto Alegre com a vira-lata “Fafá”, encontrada pela petista durante uma caminhada em Brasília anos atrás.
Teve de partir Já o labrador “Nego”, herança do ex-ministro José Dirceu, precisou ser sacrificado na semana do impeachment. O cachorro tinha problemas de saúde e não conseguia andar.
Alarme falso Petistas se assustaram quando um número atribuído a “Flávia Piovesan” enviou críticas ao governo em um grupo de advogados “contra o golpe” no WhatsApp. Mas era só uma homônima da secretária de Direitos Humanos de Temer.
TIROTEIO
Não se trata de coice nem de bondade. O Congresso não é composto de mulas e cavalos nem é instituição filantrópica.
DE MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre Renan Calheiros (PMDB-AL) ter dito, no fatiamento do impeachment, que, após a queda, não é preciso dar coice.
CONTRAPONTO
É meu e ninguém tasca
O deputado federal Lúcio Vieira Lima, irmão do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), fazia um giro por municípios da Bahia para ajudar na campanha eleitoral de aliados de seu partido, o PMDB.
Toda vez que subia em um palanque via um político local cantar proximidade com Geddel sem que ele, que discursava por último, tivesse a chance de fazê-lo.
Farto de ver o nome do irmão citado por outros, o deputado rebelou-se. Em um comício, sacou o microfone da mão de um puxador e disparou:
— Agora quem vai falar primeiro sou eu, porque esses caras estão roubando o meu ministro!
Leia mais notas aqui.