Empresa de mulher de Funaro aumentou capital em R$ 9 mi quando ele já era alvo da Lava Jato
Longe da Crise A empresa da mulher de Lúcio Funaro, tido como sócio oculto de Eduardo Cunha, teve aumento de capital social “em moeda nacional corrente” de R$ 9 milhões em agosto de 2015, quando o marido já era investigado pela Lava Jato. Até então, a firma tinha capital de apenas R$ 115 mil. Os investigadores têm informações de que Raquel Albejante Pitta também comprou imóveis no exterior. A suspeita é a de que Funaro tenha usado a mulher para movimentar dinheiro fora do país.
Tudo certo Procurada, a defesa de Funaro afirma que o aporte foi feito em cheque, que o dinheiro tem origem lícita e que não há nada a ser escondido. Lúcio Funaro está preso desde o início de julho.
Tantas conexões Em sua delação premiada, a Odebrecht deve relatar acertos feitos para conseguir contratos também em países da África.
Efeito colateral Preso na Suíça no início do ano, o ex-funcionário da Odebrecht Fernando Miggliaccio será beneficiado em eventual acordo firmado pela empreiteira.
Ponta firme Investigadores relatam que, desde que foi detido, ele colabora com as autoridades suíças para explicar as movimentações da empreiteira no país europeu.
Imagem a zelar Newton Ishii, o japonês da Federal, fez comentários a colegas sobre a cena da novela “Haja Coração” da TV Globo na qual um ator oriental interpretou um agende de polícia que prendera um milionário. “Ele é feio, né?”, afirmou Ishii.
Até o fim Apesar das condições adversas, o advogado do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto afirma que manterá os pedidos de absolvição de seu cliente. “Não há provas, só a palavra de delatores”, diz Luiz Flávio D’Urso.
Que fase A Frente Nacional dos Prefeitos quer incluir na renegociação das dívidas mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal. A entidade defende que elas evitariam uma série de decretos de calamidade pública em municípios em crise financeira.
Apropriação A convenção do PMDB para lançar Marta Suplicy à Prefeitura de SP serviu às bases sanduíches de mortadela, lanche associado às manifestações de esquerda e do PT. Era preciso entrar na fila para pegar o kit com maçã e suco.
Migração Filiados ao PSDB estiveram na convenção do PMDB. Claudinei Jacinto assessorou Andrea Matarazzo (PSD) e Elio Gallucci ajudou a produzir o evento.
Mau presságio Interlocutores de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) têm relatado receio com a possibilidade do aliado ser preso dias depois de sua cassação na Câmara.
Pessimildo Segundo auxiliares, o ex-presidente da Câmara tem dito acreditar que o governo Michel Temer sonha mesmo em transmitir a mensagem que se livrou dos problemas da República: dele e de Dilma Rousseff.
Cotado Líder nas pesquisas de intenção de votos no Rio de Janeiro, o senador Marcelo Crivella (PRB) ainda tenta definir o vice da chapa. Se fechar com o PR, a vontade do partido é indicar o engenheiro Fernando Mac Dowell.
Fonte secou A transferência de recursos do fundo partidário do PT em São Paulo para candidaturas no Estado tem um limite extra: metade do valor está sendo usado para pagar dívidas da campanha ao governo em 2014.
Calma lá, pessoal Depois de tomar um susto com o pedido de auditores do TCU para suspender o acordo de leniência firmado com a empresa SBM, ministros de Michel Temer correram para acalmar os ânimos na corte.
Vai que é tua Um dos ministros envolvidos na costura do acordo garante que os técnicos do tribunal terão “sua competência preservada” e direito a examinar “tranquilamente” os documentos.
TIROTEIO
O time que levou Marta Suplicy a todas as suas vitórias levará mais uma vez Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.
DE PAULO TEIXEIRA (PT-SP), deputado e membro do comitê da campanha de Haddad, sobre as críticas feitas por Marta à gestão do petista.
CONTRAPONTO
A ordem dos fatores
No ato organizado no domingo na av. Paulista pedindo a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff, manifestantes se atrapalharam para cantar o coro:
“Ninguém cala a voz da nação / Até prender o Lula / Até prender o Cunha / Contra a corrupção.”
Ora falavam o nome do ex-presidente Lula em primeiro, ora o do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
No meio da confusão, o puxador do movimento Vem pra Rua determinou a ordem dos políticos:
— Vamos primeiro prender o Lula, depois a gente prende o Eduardo Cunha.
O coro seguiu com o nome de Lula à frente.