Executivos da Andrade falarão a Sergio Moro sobre obra erguida no governo Aécio Neves, em Minas

Painel

Sessão nostalgia Executivos da Andrade Gutierrez terão de visitar Curitiba em breve. Foram convocados a depor sobre a construção da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, durante o governo Aécio Neves. Em negociações para fechar delação premiada, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, relatou suposto pagamento de propina durante a construção da obra. A Andrade participou do consórcio que tocou o empreendimento, mas não abordou o assunto em delação homologada em fevereiro.

Estreia Será a primeira vez que Otávio Marques de Azevedo, o ex-presidente da Andrade Gutierrez, deporá a Sergio Moro. Além dele, falarão ao juiz outros quatro executivos da empreiteira. Os depoimentos estão marcados para os dias 25 e 27 de julho.

Aproveitando… A expectativa é que a Andrade detalhe mais o já citado esquema de propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em que implicam os ex-ministros do PT Antonio Palocci e Erenice Guerra.

Espelho meu Dois meses como interino e Michel Temer ainda não desencarnou de Dilma. Lê tudo o que ela diz. Irrita-se com as declarações e ensaia respondê-las. Só desiste depois de demovido pela turma do “deixa disso”.

Livro aberto Um dia antes de anunciar a meta fiscal de 2017, Michel Temer chamou congressistas para debater o número com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Técnicos da área econômica ficaram bestas. Nunca tinham visto isso acontecer.

Mão amarela Alguém, então, pediu sigilo total aos presentes. Em vão. Em menos de uma hora, a imprensa divulgava dados do deficit com a reunião ainda em curso.

Tchau, querido A expulsão de Waldir Maranhão do PP ocorrerá em agosto. “Ele não marcha o 7 de Setembro pelo partido”, diz um cacique.

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On co tô? Maranhão fugiu feito o diabo da cruz para não ser formalmente avisado sobre o processo de expulsão. Acabou notificado à revelia.

Às claras Michel Temer foi avisado por Rodrigo Maia (DEM-SP) de que buscaria os votos da esquerda.

Mandá-lo-ei O governo brasileiro foi informado de que o presidente dos EUA, Barack Obama, não virá à abertura da Olimpíada. John Kerry, secretário de Estado americano, comparecerá, representando-o

Time is money Kerry aproveitará a visita para uma reunião bilateral com o chanceler brasileiro, José Serra.

Ouro negro Dos ativos que o Planalto espera vender para diminuir o rombo fiscal, a área econômica está especialmente animada com a rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo.

Calculadora Com a prorrogação e a mudança nas regras de conteúdo nacional, o governo estima levantar, por baixo, R$ 10 bilhões com a nova rodada de petróleo.

Até o fim Incomodada com a gestão da Anatel, a OAB irá ao STF para exigir a correta aplicação dos recursos dos fundos setoriais das telecomunicações. Há anos, o dinheiro é usado para compor a meta fiscal.

Esquentou a chapa Furibundos com a relutância da equipe econômica em liberar o aumento salarial acordado há diversos meses, funcionários da Receita Federal em todo o país ameaçam parar.

Já deu No Rio Grande do Sul, quase 50 comissionados, entre delegados, inspetores e chefes de divisão, pediram exoneração. Em manifesto, dizem ser “insustentável a administração” frente o “generalizado descontentamento dos servidores”.

Registrado Em ofício, auditores lotados no Paraná avisaram que “a situação deve se agravar” e causará prejuízos aos trabalhos junto à força-tarefa da Lava Jato.


TIROTEIO

Michel Temer tem dupla personalidade. Diz uma coisa como jurista e faz outra como presidente interino. É um ‘constitugolpista’.

DO ADVOGADO MARCO AURÉLIO DE CARVALHO, que representa educadores destituídos pelo governo do Conselho Nacional de Educação.


CONTRAPONTO

Pegadinha do malandro

Na semana passada, quando voltava de Brasília para Curitiba, Edward Carvalho, advogado de alvos da Lava Lato, como o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o pecuarista José Carlos Bumlai, pegou o mesmo voo que alguns procuradores da força-tarefa.
Curiosos, os investigadores resolveram perguntar o que Carvalho fazia por aquelas bandas.

— Vim assumir a defesa do Eduardo Cunha. Ele vai fazer delação — disse.

Diante das caras de espanto, o criminalista achou que era melhor explicar:

— É brincadeira, pessoal!