Enfim recebido por Dilma, Suplicy diz que Renda Básica é primeira medida na volta da presidente

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O ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) realizou o velho desejo de ser recebido por Dilma Rousseff.

Após três anos de espera, conseguiu, enfim, uma agenda com a colega de partido.

O encontro ocorreu nesta quarta-feira (1º), no Palácio da Alvorada.

“Ela tinha me dito: ‘Eduardo, deixe passar esse momento de dificuldade que vou te receber’. Como os momentos difíceis não passaram, ela só pode me receber agora”, disse ele à coluna.

Veja, a seguir, os trechos de uma rápida entrevista com Suplicy.

Como foi sua conversa com a presidente Dilma?

Foi muito boa. Na conclusão, ela aceitou a minha proposta de criar um grupo de trabalho para estudar as etapas da implantação do Renda Básica da Cidadania [quantia paga em dinheiro pelo Estado a todos os brasileiros, sem distinção].

Indiquei 60 nomes entre os maiores estudiosos do tema.

Ela me perguntou: ‘quantos desses nomes você acha que seria razoável ter nesse grupo de trabalho? Quinze seria um bom número?’ Eu disse para Dilma que acreditava que sim.

Grupo de trabalho? Mas ela não está fora do exercício da Presidência? 

Será uma das primeiras medidas quando ela voltar. Eu disse ao Ricardo Berzoini, que estava no encontro, que ele era testemunha da promessa da presidente [de analisar a implantação do programa, projeto de vida do ex-senador].

Dez em cada dez analistas dizem hoje que a presidente não voltaria.

E eu, não conto como analista? Eu acho que ela vai voltar. Estou justamente hoje no Senado persuadindo senadores a votar contra o impeachment.

A presidente disse a razão pela qual demorou tanto para recebê-lo? 

Ela tinha me dito: ‘Eduardo, deixe passar esse momento de dificuldade que vou te receber”. Como os momentos difíceis não passaram, ela só pode me receber agora.