Em nota, aliados dizem que houve ‘assalto à inviolabilidade do mandato’ de Cunha

Paulo Gama

Aliados de Eduardo Cunha, presidente da Câmara afastado, preparam nota em que apontam risco de “instauração de uma grave crise institucional” caso o Supremo Tribunal Federal não reconsidere a decisão de suspender o mandato do peemedebista.

“Houve um assalto à inviolabilidade do mandato parlamentar legalmente conferido pelo poder soberano do povo”, diz o texto.

Para os aliados do peemedebista, “trata-se de uma intervenção indevida em outro Poder da República, ferindo não só a independência e a harmonia entre os Poderes”.

O núcleo duro de Cunha começa a coletar assinaturas para a nota de apoio ao peemedebista. A expectativa é que haja apoiamento de integrantes de nove partidos, entre eles PMDB, PTB, PSC, PHS, PTN, SDD e PR.

Tentam, inclusive, assinaturas do PP, de Waldir Maranhão, que assumiu a presidência da Casa com o afastamento de Cunha.

“A Câmara foi surpreendida por uma decisão sem base jurídica, legal ou constitucional, como admitido na própria liminar do ministro Teori Zavascki”, diz o texto preparado.