Cristovam Buarque deve assumir Cultura; comando da Petrobras não será trocado por ora
Quebra-cabeça Michel Temer caminha para fechar mais um nome de seu ministério. Cristovam Buarque (PPS) deve assumir a Cultura. O senador saiu do Jaburu nesta quinta com o destino “bem encaminhado”, segundo um figurão do PMDB. Temer tem pressa para acertar a Esplanada, mas mostra cautela em relação a outros redutos, caso da Petrobras. Aldemir Bendine deve seguir na presidência por ora. O vice tem dito que a estatal precisa ser bem examinada antes de qualquer mexida.
Eu? Imagina! Quando definiu Henrique Meirelles para a Fazenda, Temer deu um conselho ao executivo: candidatura presidencial e gerência da área econômica são atividades imiscíveis. O economista respondeu não ter planos eleitorais.
Tente outra vez O PRB ouviu que, na falta da Agricultura, poderia assumir a Secretaria da Previdência. Achou pouco e pediu uma nova solução.
Não queremos A cúpula do PT não está de acordo com o plano das “Diretas Já”. Em reunião sobre o tema, a avaliação da Executiva Nacional foi quase unânime: a campanha não avançaria um milímetro no Congresso.
Lembra disso? A resistência de petistas e de movimentos de apoio ao governo ressuscitou no partido a proposta de promover um plebiscito sobre novas eleições e uma Constituinte exclusiva para a reforma política.
Alerta Políticos têm disputado os quartos vizinhos ao de Lula no hotel em que se hospeda. Monitoram o vaivém no apartamento do petista.
Ele não Renato Ramos, advogado do PMDB ligado a Eduardo Cunha, figurava na lista tríplice para o TRE do Distrito Federal desde julho de 2015. Logo após a votação do impeachment, Dilma desengavetou a lista e nomeou um de seus concorrentes.
Cirúrgica A lista para a outra vaga no mesmo tribunal — enviada junto com a anterior à presidente — segue intacta no escaninho.
Não vai ter tarifa O Brasil terá livre comércio de automóveis com o Peru. O acordo será assinado nesta sexta (29), em Lima. Prevê tarifa zero para automóveis de passeio e picapes.
Deixe quieto Robson Andrade, presidente da CNI, reage ao plano Temer de acabar com o Mdic: “é muito temeroso”, diz.
Água no feijão Aproveitando o clima de saldão de fim de governo, movimentos sociais pediram que Dilma baixe o preço do gás de cozinha, atribuição da Petrobras.
Tô voltando Funcionários do Ministério da Justiça deixavam o prédio nesta quarta (27) carregando caixas de escritório.
Eu não fiz nada! Rodrigo Janot, o procurador-geral da República que investiga dezenas de deputados na Lava Jato, telefonou para líderes na Câmara pedindo apoio ao reajuste dos servidores do Ministério Público. Alguns se assustaram quando viram a ligação.
Tão só Tucanos dizem que Geraldo Alckmin só topou apoiar o ingresso do PSDB no governo Temer após pesquisa interna indicar que a maioria do partido concordava com a ideia.
Ué Até dias atrás, André Quintão, agora ex-secretário do governo de Minas, coordenava normalmente os últimos detalhes do evento que reunirá, em maio, os secretários da área social de todo o país.
Então tá A versão oficial é de que foi Quintão quem pediu para deixar o cargo. A primeira-dama, Carolina Pimentel, assumiu o posto.
Visita à Folha O vereador Andrea Matarazzo (PSD-SP) visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Otávio Cabral, assessor de comunicação.
TIROTEIO
Gostaria que o Suplicy tivesse respeito por minha decisão e por meu discernimento. Eu assumo as consequências de minhas ações.
DA SENADORA MARTA SUPLICY (PMDB-SP), reagindo à pressão do ex-marido Eduardo Suplicy nas redes sociais para que ela vote contra o impeachment.
CONTRAPONTO
Se fui rancorosa, não me lembro
O deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) foi um dos 367 parlamentares que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff no plenário da Câmara. Naquele 17 de abril, Tripoli comemorava a data de seu aniversário.
No dia seguinte, recebeu um telegrama em seu gabinete em Brasília parabenizando-o pela data. Num primeiro momento, pensou se tratar de algum colega que se esquecera de cumprimentá-lo pessoalmente na véspera.
Ao abrir, porém, tomou um susto. Quem assinava a mensagem gentil, com votos de “saúde, felicidades e realizações pessoais”, era ninguém menos que aquela contra à qual ele votara na véspera pela cassação.