Lava Jato amplia investigação sobre patrimônio de Lula para além de tríplex e sítio
Desdobramentos A Lava Jato investiga se o ex-presidente Lula ocultou outros bens por meio de pessoas próximas nos moldes do que diz ter ocorrido com o sítio de Atibaia e o tríplex em Guarujá. A defesa do petista nega. Afirma ainda que “isso contrasta com o discurso de que estão investigando fatos, não pessoas”. “Espero que o STF possa delimitar a competência e acabar com a jurisdição universal de Curitiba poder investigar o Brasil todo”, diz o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin.
O dono da voz Integrantes da Lava Jato dizem ter nas mãos um áudio de um diálogo do hoje ministro Edinho Silva (Secom) com o empreiteiro Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez.
Grampo “Nunca falei nada demais com ele”, diz o ministro e ex-tesoureiro da campanha presidencial de 2014. A Andrade não comenta.
Rescisão A ala oposicionista do PMDB afirma que o prazo de 30 dias para que o diretório delibere sobre o rompimento com o governo terá o tom de “aviso prévio” na convenção do partido neste sábado (12).
100% O projeto é que, depois dos protestos de domingo e com a instalação da comissão do impeachment, o grupo consiga decidir unido pelo rompimento formal.
Atrás da orelha Monitoramento das redes sociais feito por profissionais ligados ao PT continua indicando “crescimento sólido” nos dez maiores atos de domingo.
Retorno Antes da entrevista de Dilma nesta sexta, petistas alertaram para o risco de que a presidente acabasse parecendo Fernando Collor às vésperas do impeachment.
Ficou calma Aliados queriam que ela evitasse o tom raivoso usado pelo ex-presidente em 1992. O desempenho de Dilma foi celebrado ao final da entrevista.
Frila O alto escalão da Lava Jato brinca: “Proporemos ao João Santana que ele cuide da imagem da Operação em troca da redução de pena”.
Próximo Os processos das empreiteiras com o Cade, que julga casos de cartel, estão longe de terminar. Estão em curso negociações para confissões de fraudes em obras dos estádios da Copa e de ferrovias.
Vai deixar? O Planalto cobrou do ministro George Hilton (Esporte) posição sobre artigo do presidente de sua sigla, o PRB, publicado na Folha. Marcos Pereira diz que o impeachment pode ser uma saída para a crise. Hilton decidiu, então, publicar uma nota de “discordância”.
Em breve A bancada do PRB irá se reunir depois do fim da janela partidária, em 18 de março, para decidir se fica ou não na base do governo. Os deputados estão divididos. Parte quer abandonar o barco. Outra se agarra às benesses do poder.
Devo, não nego O publicitário Valdemir Garreta, ex-dirigente do PT, entrou na Justiça para executar uma dívida deixada pela campanha de Alexandre Padilha, candidato do partido em 2014 ao governo de SP. O valor da ação é R$ 26,5 milhões.
Hora de cortar Enquanto afrouxa o crédito, a Caixa aperta os cintos. O comando do banco estatal quer limar pelo menos 2 mil funcionários com o plano de incentivo à aposentadoria. A ordem é enxugar ainda a estrutura com o corte de superintendências e gerências.
Dá-se um jeito Secretários do governo Alckmin vão acompanhar o tucano na manifestação contra Dilma neste domingo na avenida Paulista. Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social) disse que vai, mesmo com a perna imobilizada.
Visita à Folha Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM no Senado, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Tony Carlo Bezerra Coelho, assessor de imprensa.
TIROTEIO
Agente público que extrapola atinge a instituição onde trabalha. Seja parlamentar corrupto ou promotor arbitrário.
DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), sobre a decisão do Ministério Público de São Paulo de pedir a prisão preventiva do ex-presidente Lula.
CONTRAPONTO
Sorte e fé
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), reclamava para jornalistas sobre o tratamento que vem recebendo da imprensa. Para o peemedebista, a cobertura tem sido injusta.
O deputado foi lembrado que, no dia em que a Procuradoria-Geral da República apresentou mais uma denúncia contra ele, houve mais destaque ao vazamento da delação premiada de Delcídio do Amaral (PT-MS).
— Sorte? — perguntou a jornalista.
— Não é sorte. É Deus — afirmou o deputado, que é religioso. E logo emendou, para aliviar o clima:
— Deus…cídio!