Ala oposicionista do PMDB estuda apoio a novo pedido de impeachment contra Dilma

Painel

Novo gás Integrantes do PMDB discutiam nesta quarta (24) a conveniência de apresentar um novo pedido de impeachment contra Dilma Rousseff que abrangesse fatos novos da Lava Jato, como as suspeitas sobre o dinheiro recebido pelo marqueteiro João Santana no exterior. A estratégia não está fechada. PSDB e DEM ainda serão procurados. Como o pedido atual de deposição está praticamente na estaca zero, uma nova petição agora não atrasaria muito o processo.

Caixa forte O comitê do impeachment iniciou seu contato com o empresariado. Deputados de cinco partidos se reuniram com Paulo Skaf, porta-voz do setor industrial paulista, nesta quarta.

Vem pro campo Representantes do agronegócio também procuraram o PSDB pedindo para que o Congresso acelere o processo.

Deu por hoje! Dilma não tolera mais os torpedos do PT à sua agenda de recuperação econômica. Em sinal do dissabor, a presença da presidente na festa de aniversário do partido, antes uma certeza, passou a ser dúvida. A comemoração ocorre no sábado com a participação de Lula.

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Abandonado Enquanto a Oi gastou R$ 1 milhão para instalar uma antena de celular que atendesse o sítio de Atibaia, a Vivo cortou o telefone fixo do local. Desde dezembro, ninguém pagava a conta de R$ 166,91.

Comércio exterior O Planalto está confiante em relação ao depoimento de João Santana. “Ele admitirá o caixa dois, mas o estrangeiro”, diz um auxiliar presidencial. O problema é convencer a Lava Jato de que marqueteiro fez coisa errada lá fora, mas andou na linha aqui.

Ah, para Virou piada no PT a interpretação da PF sobre o termo “saudade” presente nas mensagens trocadas entre Santana e o presidente do PT, Rui Falcão. Policiais acham que se trata de um código para maquiar a organização de um encontro. “E eles lá precisam disso para se reunir?”, indaga um petista.

Respeite, meu rei O deputado Valmir Assunção (PT-BA) anda reclamando do tratamento dado pela Polícia Federal às tradições de seu Estado. “Estão difamando o acarajé!”, disse em referência à ultima fase da Lava Jato.

Tiro final O Planalto disparou convite a prefeitos de capitais e governadores para uma reunião no dia 4 de março. Quer fazer uma espécie de “Dia D” da CPMF e da DRU. Dilma falará pessoalmente com os convidados.

Não sabemos A cúpula do PRB se surpreendeu com anúncio, na quarta, da filiação do senador Marcelo Crivella ao PSB. “Não fui comunicado. Mas o alinhamento entre os dois partidos não é automático. Este é o sonho de consumo deles”, diz Marcos Pereira, presidente do PRB.

Não entendemos Crivella vinha dizendo que a ligação do PRB com a Igreja Universal atrapalhava suas chances de conquistar a Prefeitura do Rio. Um ex-correligionário, que já ouvira o argumento, alfineta: “E é o partido que é sobrinho do bispo Edir Macedo?”.

Engodo? Panfletos da Coaf, cooperativa agrícola envolvida do escândalo da merenda de SP, anunciavam parceria com o Banco do Brasil na concessão de crédito. O problema é que, no BB, não consta nenhuma autorização para a cooperativa operar em seu nome.

Saco de gatos Visão geral do Palácio dos Bandeirantes sobre debate dos pré-candidatos do PSDB nesta terça (23) na Folha: “Candidatos sem propostas e despreparo dos três concorrentes. Incapacidade de produzir uma plataforma que seduza o eleitorado.”

Pra chinês ver Dilma lança nesta quinta um perfil na rede social chinesa Weibo, espécie de versão conjunta de Twitter e Facebook com quase 600 milhões de usuários. Na mensagem de estreia, a presidente falará das Olimpíadas e procurará tranquilizar os futuros visitantes sobre a zika.

Moro, o pop Sergio Moro fará, em 17 de março, palestra sobre combate à lavagem de dinheiro. O evento é promovido pela Unafisco, que representa os auditores fiscais.


TIROTEIO

O número de homicídios está caindo tanto no Estado de São Paulo que não demorará a atingir o volume morto.

DE ANTONIO FERREIRA PINTO, ex-secretário de Segurança Pública de Alckmin, sobre o fato de o governo anunciar queda recorde no número de assassinatos.


CONTRAPONTO

E agora, José?

Antes de seguir para uma caminhada atrás de filiados tucanos, Ricardo Tripoli, pré-candidato à Prefeitura de SP, compareceu à votação para o Conselho Tutelar da cidade. Disse seu nome e foi encaminhado à sala de votação — a divisão entre as seções era feita por ordem alfabética. O deputado aguardou na fila por alguns minutos e, ao apresentar seus documentos à mesária, ouviu:
— Seu José, desculpe, sua seção é outra. Aqui são apenas os nomes iniciados com a letra “r”.
— José?! — perguntou o deputado, sem entender.
Segundos depois, ele próprio emendou aos risos:
— Nossa, é mesmo! Meu nome é José Ricardo Tripoli!